Fábrica de automóveis: a parcela de brasileiros que procuram se atualizar supera a média global | Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress
André Jankavski
Publicado em 28 de março de 2019 às 05h12.
Última atualização em 25 de julho de 2019 às 16h29.
TECNOLOGIA
Discursos apocalípticos sobre o impacto da tecnologia na redução de empregos não faltam. Porém, muitos trabalhadores se mexem para não ficar atrás em relação às tecnologias atuais — e os países emergentes se destacam nessa sede de aprendizado. Um estudo realizado pela consultoria francesa Ipsos, que ouviu 19.000 pessoas em 26 países, mostra que Índia, China e Peru estão na dianteira quando o assunto é atualização da força de trabalho em automação e novas tecnologias.
Segundo o executivo Diego Pagura, diretor-geral da Ipsos no Brasil, isso ocorre porque essas economias tiveram um crescimento constante nos últimos anos, e isso estimula tanto as empresas a investir na atualização de suas equipes quanto os funcionários a buscar novos aprendizados. Em outra ponta estão países desenvolvidos, como Japão, França e Alemanha. “Por causa da educação já em níveis mais altos, as empresas e os cidadãos de economias mais ricas deixam de ver a atualização como algo tão necessário. Isso pode ser um risco para o futuro desses países”, afirma Pagura. No Brasil, ocorre um fenômeno curioso: as empresas que oferecem treinamento em novas tecnologias estão abaixo da média mundial, enquanto os trabalhadores que buscam atualização por conta própria estão acima da média.
ENERGIA
O investimento em painéis de energia solar pode ser recuperado em menos de três anos. É o que mostra um levantamento feito pela Comerc, companhia especializada no mercado de energia livre. Os números, porém, variam bastante de uma região para outra. Segundo a empresa, se um morador da área metropolitana do Rio de Janeiro investir cerca de 20.000 reais em painéis solares em sua casa, ele obterá o retorno do investimento em dois anos e meio com a economia na tarifa de energia. Trata-se da região com o retorno mais acelerado em todo o Brasil.
“O estudo leva em conta vários fatores, como os impostos, o preço da tarifa de energia e o nível de incidência solar nas regiões”, diz Marcel Haratz, diretor da Comerc Esco, subsidiária de eficiência energética da Comerc. Na outra ponta está São Paulo. Entre as desvantagens da capital paulista está a poluição, que atrapalha a captação de energia solar.