Mauricio Russomanno, CEO da Unipar: investimentos na fábrica (Leandro Fonseca/Exame)
O cloro fabricado pela Unipar é usado no tratamento da água consumida por milhões de brasileiros. A soda cáustica tem como destino a fabricação de produtos de higiene. E o PVC é usado pela construção civil. Manter esses três setores abastecidos foi uma preocupação da empresa na pandemia. “Quando a situação foi ficando mais intensa, definimos três grandes objetivos: proteger os colaboradores e suas famílias, dar suporte às comunidades em nosso entorno e à sociedade como um todo, e garantir nossa continuidade operacional”, diz Mauricio Russomanno, CEO da Unipar.
Com mais de 1.500 colaboradores e três fábricas — duas em São Paulo e outra em Bahía Blanca, na Argentina —, a empresa viu crescer no ano passado a demanda por cloro (o que era esperado devido à intensificação dos protocolos de higiene). Por outro lado, teve de lidar com uma adversidade: a queda brusca na compra de PVC. O jeito, já que a produção não podia parar, uma vez que o PVC leva cloro em sua composição, foi esperar a retomada da construção civil. E ela veio.
Para o executivo, outros fatores, como investimentos antes da pandemia para melhorar a eficiência operacional das fábricas, contribuíram para que a Unipar fechasse 2020 com receita líquida consolidada de 3,8 bilhões. A receita líquida na controladora foi de 1,12 bilhão em 2020, 7,7% superior a 2019. “Saímos da pandemia mais unidos, com maior senso de comprometimento”, diz Russomanno.