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Quem tinha o que dizer antes da pandemia ganhou influência nas redes

A agência de marketing de influência Play9 espera dobrar sua receita com influenciadores “com conteúdo”

Gabi Oliveira, jornalista de Niterói: 570.000 seguidores no YouTube e palestra sobre desafios raciais do Brasil na Universidade Harvard (Divulgação/Divulgação)

Gabi Oliveira, jornalista de Niterói: 570.000 seguidores no YouTube e palestra sobre desafios raciais do Brasil na Universidade Harvard (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 05h00.

A festa promovida pela influenciadora fitness Gabriela Pugliesi em abril provocou a revolta dos internautas e fez a bela dar um tempo na exposição. O retorno foi só três meses depois e com menos 200.000 seguidores. Para João Pedro Paes Leme, sócio da Play9, agência carioca de marketing de influência, o episódio é exemplar de uma mudança mais profunda na audiência digital por causa da pandemia. “As pessoas ficaram em casa e prestaram mais atenção ao conteúdo dos influenciadores”, analisa. “Quem tinha o que dizer ganhou relevância.” A premissa levou Leme e o sócio, o influenciador Felipe Neto, a ampliar o portfólio de agenciados dispostos a falar sobre temas espinhosos, como problemas sociais ou discriminação de gênero (veja exemplos abaixo). Na lista da Play9 estão nomes como a comentarista Gabriela Prioli e a jogadora de futebol Marta. Nos planos da agência está ampliar o rol de influenciadores negros — eles ainda estão fora da lista dos 100 mais influentes no país. Aberta em 2019, a Play9 espera receitas de 14 milhões de reais, o dobro do ano passado.

POLÍTICA: Gabriela Prioli, comentarista, 530.000 inscritos no YouTube. A advogada paulistana ganhou relevância em 2020 ao virar comentarista da CNN Brasil e se tornar uma celebridade digital. Na internet, Gabriela Prioli repercute manchetes dos jornais na tentativa de elucidar os principais temas do debate público — e dá seu pitaco sobre as coisas (ikewinski/Flickr)

ESPORTES: Marta, jogadora de futebol, 2,4 milhões de seguidores no Instagram. A principal craque da seleção brasileira de futebol é uma das celebridades brasileiras mais populares nas redes sociais, segundo o Google. No canal, a atleta aborda sua trajetória de superação (ikelewinski/Flickr)

DIVERSIDADE: Gabi Oliveira, 570.000 seguidores no YouTube. A jornalista de Niterói, no Rio de Janeiro, já palestrou sobre desafios raciais do Brasil na Universidade Harvard e em eventos como o TEDx, além de colaborar com a ONU Brasil. No canal, Gabi Oliveira aborda desde temas delicados, como o racismo estrutural no país, até questões práticas de seu estilo de vida, como dicas de penteados e cuidados com o corpo (Divulgação/Divulgação)

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