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Meredith Whittaker, do Signal: as ferramentas estão sendo ensinadas para tomar decisões importantes

Meredith Whittaker, CEO do app de mensagens Signal, defende leis mais duras sobre o uso de dados por robôs

Meredith Whittaker, do Signal: a minha preocupação é que temos um enorme aparato de vigilância em expansão via IA (Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio/Sportsfile/Divulgação)

Meredith Whittaker, do Signal: a minha preocupação é que temos um enorme aparato de vigilância em expansão via IA (Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio/Sportsfile/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 25 de maio de 2023 às 06h00.

A evolução acelerada da inteligência artificial generativa neste início de 2023 alarmou muita gente. No fim de março, uma carta publicada pelo Future of Life Institute, órgão dedicado ao estudo sobre uso de tecnologia, e assinada por 2.600 líderes no setor, pediu a suspensão dos testes com IA por seis meses. A corrida está “fora do controle”, diz a carta, e os impactos da tecnologia precisam ser mais bem calculados. 

No Riocentro, uma das vozes a defender a regulação da IA foi a da americana Meredith Whittaker, ex-funcionária do Google e atual presidente da Signal Foundation, mantenedora de um app de mensagens concorrente do WhatsApp e conhecido pelo zelo com a privacidade. “A minha preocupação é que temos um enorme aparato de vigilância em expansão via IA”, diz. “Essas ferramentas estão sendo encarregadas de tomar decisões socialmente significativas.” 

Em boa medida, a executiva critica o modelo atual da web, no qual big techs coletam uma infinidade de dados sem contar muito bem a finalidade dessas informações. Com o avanço da IA, a onipresença dos gigantes de tecnologia pode aumentar — concentrando mais poder na mão de outras empresas. Whittaker defende uma legislação ampla da tecnologia. “A regulação não deve vir das empresas, e sim colocar o poder nas mãos das pessoas que deveriam estar no centro dessas decisões”, diz.  

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