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Peter Drucker e o sentido da inovação

São Paulo - Já faz algum tempo que a maior parte dos gurus dos negócios caiu em descrédito. Eles foram ficando, um após o outro, obsoletos diante da enorme velocidade de mudança dos mercados, do comportamento dos consumidores e das próprias empresas. Por muitos anos, suas profecias serviram de porto seguro para empresários e executivos […]

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 19h11.

São Paulo - Já faz algum tempo que a maior parte dos gurus dos negócios caiu em descrédito. Eles foram ficando, um após o outro, obsoletos diante da enorme velocidade de mudança dos mercados, do comportamento dos consumidores e das próprias empresas.

Por muitos anos, suas profecias serviram de porto seguro para empresários e executivos ansiosos por saber que direção seguir. Mas o fato é que, nos últimos tempos, gurus saíram de moda. Em meio a tantas teses e previsões sucessivamente desacreditadas, um personagem se manteve praticamente imune às críticas e à força dos fatos. Peter Drucker era seu nome.

Ao longo de seus quase 96 anos de vida, Drucker - que morreu no início de novembro - saiu da condição de consultor comum para a de pensador imortalizado por sua obra. Ele foi um produto extraordinário de seu tempo.

Graças à sua longevidade produtiva - ele trabalhou em sua casa, em Claremont, na Califórnia, até os últimos dias -, Drucker acompanhou o nascimento, a infância, a adolescência e a maturidade das grandes empresas. Pôde ver de perto seus desafios, crises e períodos de prosperidade.

Foi conselheiro de ícones dos negócios, como Alfred Sloan, da General Motors, e Jack Welch, da GE, considerados os maiores executivos do século 20. Tornou-se, por tabela, o oráculo de homens e mulheres de negócios de todo o mundo. Seu perfil, produzido pelo editor executivo Nelson Blecher, pode ser lido na página 132 desta edição.

Drucker era um ferrenho defensor da inovação nas empresas. Para ele, transformar idéias inovadoras em um projeto lucrativo é a essência do empreendedor. 

Inovar constantemente - com resultados e equilibrando oportunidades e riscos - é hoje um dos grandes desafios de empresas de todos os setores e dimensões. Muitas perseguem essa meta. Pouquíssimas conseguem domar a burocracia, o medo, a falta de ousadia e o comodismo - males cada vez mais disseminados no ambiente de negócios - e atingi-la. Seus exemplos são, por isso, preciosas lições para as demais.

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