Alexandre Birman: crescimento planejado (Germano Lüders/Exame)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 06h30.
A Arezzo está um pouco mais perto do futuro. O mantra da empresa é “rumo a 2154”, na verdade uma provocação de Anderson Birman. Nessa data, ele completaria 200 anos. “Acho que não estarei mais aqui, mas a Arezzo tem de estar”, costuma dizer o fundador da companhia. Em 2022, a hoje chamada Arezzo&Co atingiu o melhor resultado de sua história. O faturamento bruto foi de 5,2 bilhões de reais, 43,4% de aumento em relação ao período anterior, e Ebtida ajustado de 657 milhões de reais. A operação americana rendeu 490 milhões de reais.
Nesse período, a companhia atingiu a marca de 1.013 lojas. Foram vendidos 32,4 milhões de peças, 29% mais do que em 2021. O grosso foram os calçados, com 21,3 milhões de pares, seguidos de roupas e bolsas. Os ótimos resultados vêm na esteira de uma política agressiva de aquisições iniciada em 2019, quando a Arezzo se tornou distribuidora oficial da Vans. A mais ruidosa foi a compra da Reserva no fim de 2020, por 715 milhões de reais. A ideia de Alexandre Birman, que sucedeu ao pai no comando em 2011, é criar uma “house of brands”.
O ano de 2022 foi de consolidação. “Não fizemos aquisição de marcas, só de duas fábricas, uma de calçados e outra de sapatos. Investimos em supply chain e distribuição. Nosso crescimento foi fruto de um planejamento”, diz Alexandre. E como ele imagina que estará a Arezzo daqui a 50 anos? “Enxergo que teremos uma presença internacional consagrada, de moda contemporânea sem pretensão de ser luxo, mais preocupados com sustentabilidade. Talvez não tenhamos o volume de produção de hoje, e sim foco maior na perenidade das peças.”