Prio: petroleira foi destaque do setor de óleo e gás em 2024 (PRIO/Divulgação)
Editor de Negócios e Carreira
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 22h00.
A Prio, petroleira com sede no Rio de Janeiro, foi destaque do setor de óleo e gás em 2024. Enquanto o setor encolheu 1% entre as 1.000 maiores empresas do país, a Prio aumentou sua receita em 20%, alcançando 14,3 bilhões de reais no ano.
Também registrou uma das maiores margens líquidas do Brasil em 2024: quase 70%, ante 43% em 2023. Parte desse ganho veio de melhorias nos controles internos, otimização de processos e ganhos financeiros.
O ano de 2024 foi de revisão constante de estratégia na Prio. Em setembro, a companhia comprou 40% do campo Peregrino, pertencente à estatal chinesa Sinochem. A medida ajudou a compensar o atraso do início de operação do campo Wahoo, previsto para o ano passado, mas que deverá sair do papel somente em 2026 em razão do atraso na obtenção de licenças ambientais por causa da greve no Ibama.
“Como o aumento de produção com Wahoo não se materializou por agora, entrou em cena o inconformismo — e até certa dose de ousadia —, que nos levou a correr atrás de outro negócio”, diz Nelson Queiroz Tanure, presidente do conselho de administração da Prio. “A gente conseguiu movimentar a máquina.”
A chegada de Peregrino ajudou a Prio a fechar 2024 com uma produção superior aos 100.000 barris por dia, e deu início ao processo de aquisição dos 60% restantes do mesmo ativo, ainda pendente de aprovação pela ANP, a agência reguladora do setor.
O fechamento desse negócio deve levar a produção para cerca de 170.000 barris por dia. Para 2026, com o início da operação de Wahoo, a projeção é superar o patamar de 200.000 barris por dia.
Com 11 anos de existência, a Prio trabalha com uma política ampla de meritocracia. Hoje, mais de 90% dos funcionários são também sócios da companhia.
A empresa busca, dentro de casa, manter um modelo de gestão horizontal, onde as áreas trabalham de forma integrada e com autonomia. “A gente está o tempo todo conversando sobre como melhorar as coisas, mesmo quando algo vai bem”, diz Queiroz Tanure. “Se vai bem, a gente quer melhorar. Se vai mal, também. Isso é uma constante.”