Seriado The Jetsons: carros voadores devem sair do plano da fascinação dos humanos (Warner Bros/Getty Images)
Repórter de Negócios
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 06h00.
Os carros voadores fascinaram gerações inteiras. Vide as engenhocas com asas desenhadas por Leonardo da Vinci há 500 anos, descritas nos livros de Júlio Verne na virada do século passado e ilustradas em The Jetsons, uma série de seis décadas.
Após tanto tempo na imaginação, os eVTOLs, acrônimo do inglês electric vertical take-off and landing (ou avião elétrico capaz de pousar e decolar na vertical) devem finalmente decolar em 2024.
No início do ano que vem está prevista a entrega do primeiro lote de 90 veículos voadores feitos pela holandesa Pal-V. A empresa tem um perfil low profile para alguém à frente de uma tecnologia tão excitante. Fundada em 2001, por engenheiros holandeses, a Pal-V captou recursos com investidores indianos.
Nos últimos cinco anos, a empresa conseguiu o aval das autoridades europeias para o primeiro modelo da empresa, cujo design tem um quê de tuk-tuk (são só três rodas) e de avião (o formato é de um bólido, ideal para estabilidade nos ares). “Os carros voadores estão prontos para revolucionar a forma como viajamos”, disse o CEO Robert Dingemanse num evento recente.
Os holandeses não voarão sozinhos. Na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, em julho, a startup alemã Volocopter quer lançar em grande estilo um modelo semelhante.
No Brasil, a Embraer vem falando de planos para eVTOLs há alguns anos. Em julho de 2023, a empresa anunciou uma fábrica de carros voadores em Taubaté, no interior paulista. Os primeiros modelos devem ser vendidos em 2026. Até agora, a Embraer já tem 2.850 encomendas.
É um pequeno indício da altíssima expectativa sobre o mercado de carros voadores, cujo faturamento projetado para 2040 chega a 1,5 trilhão de dólares, segundo o banco JPMorgan.