John Wooden, Larisa Preobrazhenskaya, Bernardinho Rezende e Alex Ferguson (a partir do topo): trajetórias de conquistas (Fotos/Getty Images)
A derrota do Brasil para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014, por um humilhante placar que não vem ao caso, foi o ponto de partida para o livro O Algoritmo da Vitória (Planeta Estratégia, 320 págs.), escrito por José Salibi Neto, um dos fundadores da empresa de educação executiva HSM, e pela jornalista Adriana Salles Gomes. O que faltou para a vitória brasileira? Em busca de respostas, os autores pesquisaram o tema por cinco anos, com a premissa de que um dos segredos do sucesso está no técnico, o líder capaz de, por si só, aumentar as chances de vitória.
Os autores se debruçaram sobre a trajetória de 20 técnicos multicampeões em diferentes esportes e acreditam ter encontrado entre eles oito pontos em comum. Um deles é sintetizado pelo brasileiro Bernardinho Rezende, que ganhou 30 títulos no vôlei, incluindo seis medalhas olímpicas. Ao ressaltar a importância do trabalho em equipe, Bernardinho diz que “todos os esportes são coletivos, até os individuais”.
A russa Larisa Preobrazhenskaya, que transformou seu país em potência do tênis feminino, sabia identificar talentos (ela foi técnica, entre outras, de Anna Kournikova). O escocês Alex Ferguson, que comandou o Manchester United por 27 anos e conquistou 30 títulos, é exemplo de líder que sabia criar um ambiente favorável para formar um time vencedor. O americano John Wooden, o mais vitorioso técnico de basquete universitário de todos os tempos, mostra o valor do “kaizen mental”: fazer com que os atletas controlem suas emoções e tenham equilíbrio mental.
São lições que podem ser úteis não somente nos esportes mas também para a carreira, os negócios e a vida pessoal.