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Exportação brasileira cai com pandemia e ensaia retomada

A pandemia reduz os embarques ao mercado externo, mas as maiores exportadoras ensaiam uma recuperação

Minério de ferro no Porto do Itaqui, no Maranhão (Alex Tauber/Pulsar)

Minério de ferro no Porto do Itaqui, no Maranhão (Alex Tauber/Pulsar)

As exportações brasileiras sentiram o impacto da pandemia, com uma queda de 6,2% no volume embarcado entre janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. Mas para algumas empresas a recuperação já começou. É o caso da mineradora Vale, a maior exportadora do país, de acordo com a edição 2020 de MELHORES E MAIORES, que será lançada em novembro.

No começo do ano, a Vale sofreu com a crise na China, seu principal mercado. No segundo trimestre, porém, o embarque de minério de ferro e pelotas da Vale para o país asiático cresceu 10,7% em relação ao mesmo período de 2019. “A Vale está em um momento muito bom pelo preço do minério de ferro, que chegou a 127 dólares a tonelada, combinado com a alta do dólar”, diz Glauco Legat, analista-chefe da corretora Necton.

Outro destaque no ranking das maiores exportadoras de 2019 é a fabricante de papel e celulose Suzano, que subiu da 14a para a sétima posição graças, sobretudo, à fusão com a Fibria. Neste ano, o crescimento foi impulsionado pelo aumento da demanda de celulose para papéis sanitários na pandemia. O resultado foi um salto de 31% na receita das exportações no primeiro semestre. “Na segunda metade de março, o mundo inteiro começou a consumir mais papel higiênico, papel-toalha e guardanapos”, diz Carlos Aníbal, diretor comercial de celulose da Suzano.

A exportação brasileira global caiu com a pandemia, mas a balança comercial teve um superávit recorde de 6,6 bilhões de dólares em agosto. O motivo, porém, é preocupante: o saldo positivo cresceu porque o Brasil está importando muito menos. “Isso mostra quanto fomos afetados pela crise econômica”, diz o economista Carlo Barbieri, da consultoria Oxford USA.

(Arte/Exame)

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