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O outro lado da retomada da economia dos EUA

Os indicadores de emprego melhoram nos Estados Unidos, mas a renda das famílias não acompanha os ganhos

Bolsa de valores de Nova York: o desemprego está caindo, mas menos gente está procurando trabalho (Getty Images)

Bolsa de valores de Nova York: o desemprego está caindo, mas menos gente está procurando trabalho (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 04h56.

São Paulo – Os indicadores de emprego dos Estados Unidos mostram que a economia americana, meio aos trancos e barrancos, está conseguindo superar o trauma da crise de 2008. Hoje, somente 5% dos americanos acima dos 16 anos estão desempregados, metade do nível de 2009, no auge da recessão.

Mas, de acordo com o professor Jan Rivkin, da Harvard Business School, o país não tem tanto a comemorar. Num artigo recente, ele mostra que a geração de postos de trabalho pelo setor privado está em um ritmo inferior à média histórica, de 2% ao ano — e o desemprego cai porque menos pessoas estão buscando trabalho.

Além disso, a renda das famílias americanas não acompanhou os ganhos no emprego dos últimos anos. Depois de constantes quedas desde o pico em 1999, a renda familiar é a mesma de duas décadas atrás (veja gráfico ao lado). Para ­Rivkin, esses indicadores são um sinal de que a atual fase de prosperidade das empresas não está se refletindo em benefícios para a população de classe média como no passado.

(EXAME)

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