(Arte/Exame)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2021 às 05h43.
Última atualização em 29 de abril de 2021 às 10h34.
Por muito tempo, economistas, investidores e executivos incorporaram a ideia de que a única finalidade de uma empresa é gerar o máximo de valor e lucro para seus controladores. É um conceito simples e poderoso, que esteve por trás do sucesso financeiro de muitos negócios durante décadas. Nos últimos anos, porém, tem ganhado força uma nova concepção.
As grandes empresas percebem mais claramente — e a pandemia ressaltou isso — que não será possível prosperar no século 21 levando em conta apenas os interesses de seus acionistas. É preciso também considerar os impactos das atividades no meio ambiente, nos funcionários, em fornecedores e em toda a comunidade de pessoas envolvidas direta e indiretamente. É o chamado capitalismo de stakeholders, ou capitalismo das partes interessadas.
Não se trata aqui de fazer o “bem” somente por motivos de imagem, mas de uma questão de crescimento e sobrevivência dos negócios. Consumidores, hoje mais conscientes, dão preferência a produtos mais saudáveis e sustentáveis. E valorizam uma empresa engajada em projetos sociais e que adote boas práticas de gestão e uma maior igualdade de gênero e cor. As empresas também ganham eficiência ao desenvolver uma operação mais limpa, que evite desperdícios e lhes permita economizar.
Companhias de capital aberto com metas de sustentabilidade são capazes ainda de atrair investidores e manter suas ações valorizadas, como mostra uma das reportagens desta edição. Nos últimos seis anos, o volume de ativos aplicados em fundos com estratégias de sustentabilidade dobrou para mais de 30,7 trilhões de dólares, quase um terço do total no mundo, de acordo com a consultoria McKinsey.
Nesta edição de EXAME CEO — a segunda feita em parceria com a Salesforce, líder global em CRM —, mostramos as iniciativas que apontam para uma nova economia mais sustentável e justa. É, de fato, um novo momento para o capitalismo.
O novo papel mais responsável das empresas
Suzanne DiBianca: a hora de um novo capitalismo
Rebecca Henderson: maximizar os lucros sem queimar o planeta
As ações filantrópicas engajam empresas e funcionários pelo bem
Raghuram G. Rajan: Milton Friedman estava errado?
O desafio da indústria automobilística de se reinventar
As metas de sustentabilidade já são uma realidade nas empresas
O montanhista Roman Romancini e o prazer em se desafiar
O investimento na felicidade da equipe traz retorno
Sian Beilock: uma nova gestão para o trabalho remoto
Negócios que apontam para uma economia mais sustentável
As startups buscam um mercado de trabalho mais inclusivo
Edu Lyra: a gangorra das doações prejudica as organizações sociais
O apoio a pequenos produtores ganha mais importância
Camille Putois e Bertrand Badré: como medir a sustentabilidade
A pesquisadora Graziela Di Giorgi fala sobre como evitar o “efeito iguana”
O novo papel engajado dos CEOs e das empresas
Laura Tyson e Lenny Mendonca: qual capitalismo queremos?
Viajar sem prejudicar o meio ambiente também é possível
Marcas apostam em alimentos que fazem bem à saúde e ao planeta
A demanda por melhores práticas muda o mercado da moda
Uma seleção de livros para entender o capitalismo
O espaço de trabalho de Patricia Bonaldi, da grife PatBo