Revista Exame

O metaverso vai se tornar realidade e já atrai grandes empresas

Ambiente digital que simula o mundo real já conta com nomes como Microsoft, Nike, Adidas e Alibaba

 (Mari Duarte/Exame)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 05h01.

Última atualização em 17 de dezembro de 2021 às 11h06.

Da consolidação de pagamentos digitais, um movimento encabeçado no Brasil pelo Pix, ao open banking, passando pelo mercado de criptoativos, 2021 foi o ano da migração para o ambiente virtual. E um novo conceito, que surgiu no embalo dessas mudanças e só ganhou as manchetes nos últimos meses do ano, já começa 2022 no centro das atenções: o metaverso.

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O termo, desconhecido até pouquíssimo tempo, já provoca transformações significativas, como a mudança de nome do Facebook para Meta e o anúncio de que a empresa trabalha na construção de um metaverso com orçamento bilionário e previsão de contratação de 10.000 profissionais focados exclusivamente nessa empreitada. Gigantes como Microsoft, Nike, Adidas, Alibaba, Epic Games e Budweiser anunciaram planos na mesma direção.

“O metaverso pode mudar a forma como nos relacionamos”, disse o banco Morgan Stanley. Bill Gates foi além. Para o bilionário cofundador da Microsoft, o metaverso vai se tornar realidade em parte da rotina das pessoas bem antes do que a maioria imagina: “Em dois ou três anos, todas as reuniões de negócios vão acontecer no metaverso.”

O metaverso é, de forma simplificada, um ambiente virtual que simula o mundo real, no qual as pessoas são representadas por seus avatares. A popularização do termo é recente; mas o conceito, nem tanto. Filmes como Avatar e Jogador Número 1 também introduziram a ideia. E quem já passou dos 30 ou 35 anos vai se lembrar do jogo Second Life, que se popularizou no início dos anos 2000. Simulando a vida real e social do ser humano, ele trazia a ideia de novos metaversos, mas de maneira simplificada.

Com a evolução tecnológica, a criação do blockchain, das moedas digitais e dos NFTs, os metaversos tornaram-se muito mais complexos — e próximos da realidade. Se no caso do Second Life a moeda era de mentirinha, atualmente a interação nesse ambiente virtual envolve dinheiro real. E muito: recentemente, um iate de luxo virtual no metaverso The Sandbox foi vendido por mais de 3,5 milhões de reais.

Com o processo de digitalização acelerado pela pandemia, diversos setores migraram para o ambiente digital. Atualmente, é pouco provável que você tenha de ir a uma agência bancária resolver pendências, assim como muitas reuniões de trabalho acontecem pela internet.

Para os mais jovens, isso é ainda mais acentuado: pessoas com menos de 20 anos já estão acostumadas a se relacionar de forma virtual, seja pelas redes sociais, seja pelos jogos online, seja por outras formas de interação pelo computador ou celular. Quando as pessoas passam a viver no ambiente digital, torná-lo mais elaborado e complexo parece uma evolução natural. O metaverso já é uma realidade e certamente vai ocupar boa parte da vida das pessoas, seja para trabalhar, seja para conhecer pessoas, seja para se divertir.

E é melhor se acostumar com isso, ou você corre o risco de ficar de fora do novo mundo digitalizado, onde tudo pode — e deve — acontecer.

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