Usina da Gerdau no interior paulista: a empresa vendeu ativos para se concentrar em operações mais rentáveis (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2019 às 05h36.
Última atualização em 6 de setembro de 2019 às 16h15.
A siderúrgica Gerdau registrou no ano passado o maior crescimento em vendas líquidas entre as 500 maiores empresas do país. Sua receita atingiu 823 milhões de dólares, um avanço de 134% em relação a 2017.
O resultado foi ainda mais expressivo. A companhia, que havia tido um prejuízo de 216 milhões de dólares em 2017, fechou o ano passado com um lucro líquido ajustado de 451 milhões de dólares. “Foi nosso melhor resultado na década”, diz Gustavo Werneck, presidente da Gerdau.
Contribuíram para os bons números a alta dos preços internacionais do aço e os ganhos decorrentes do programa de desinvestimentos iniciado em 2014 e concluído em 2018, com a venda de ativos considerados não estratégicos.
“Nos últimos anos, promovemos uma profunda transformação dos nossos negócios e da nossa cultura, além de realizar uma enorme busca de eficiência”, afirma Werneck. Ele está otimista em repetir neste ano o bom desempenho tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os dois principais mercados. “A expectativa é que haja uma alta, ainda que moderada, da demanda global de aço.”
15,3 milhões de toneladas de aço bruto foram produzidas pela Gerdau no ano passado, algo correspondente ao peso de 17,5 pontes Golden Gate, na Califórnia, empilhadas umas sobre as outras.
11 países ainda contam com empresas controladas pela Gerdau. De 2014 a 2018, a empresa se desfez de mais de 7 bilhões de reais em ativos considerados não estratégicos, como sua operação na Índia e duas usinas hidrelétricas em Goiás.
17% da receita da Gerdau em 2018 veio de aços especiais, produzidos com ligas diferenciadas conforme as especificações dos clientes. A Gerdau é uma das maiores fornecedoras mundiais desse tipo de aço, usado, por exemplo, na indústria automotiva e de equipamentos de energia eólica.