Donald Trump: ex-presidente teve 51% dos votos republicanos em Iowa e começou bem na disputa (Brandon Bell/Getty Images)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 06h00.
Última atualização em 25 de janeiro de 2024 às 11h25.
A jornada eleitoral dos Estados Unidos começou para valer em janeiro, com o caucus republicano de Iowa. Foi a primeira etapa de um longo caminho, que passará por primárias em mais 49 estados, convenções partidárias e debates, até o dia da votação, em 5 de novembro.
Os números da primeira votação mostram que o ex-presidente Donald Trump segue muito competitivo: ele teve 51% dos votos em Iowa, 30 pontos à frente do segundo colocado, Ron DeSantis. No entanto, Trump ainda tem muitos desafios: o eleitorado de outros estados tem perfil menos conservador do que o de Iowa e, fora das urnas, ele enfrenta dezenas de processos.
O ex-presidente foi barrado nas primárias de dois estados, Maine e Colorado, por sua participação na invasão do Congresso, em 6 de janeiro de 2021. A validade do veto, nos dois casos, será decidida pela Suprema Corte. Naquele dia, seus apoiadores tentaram impedir a confirmação do resultado das eleições de 2020, perdidas por Trump. Além disso, há outros quatro grandes processos contra ele, por motivos como fraude fiscal e desvio de documentos. Uma condenação no meio da corrida eleitoral levaria a um cenário incerto.
“A decisão final sobre a candidatura ficará com os delegados do Partido Republicano, que sempre tiveram a palavra final para apontar o candidato. Por convenção, eles seguem os resultados da votação nas primárias, mas não são obrigados a fazer isso”, explica Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital.
Do lado democrata, o atual presidente Joe Biden deve ter um caminho tranquilo para obter a nomeação do partido. Ele tem apenas dois competidores nas primárias, Mariane Williamson e Dean Philips, que possuem menos de 10% dos votos, somados, nas pesquisas, segundo dados do site FiveThirtyEight. O atual presidente, no entanto, tem como adversárias a baixa aprovação, na casa dos 40%, e a inflação que vem em queda, mas continua acima de 3%, nível alto para o país.
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