Revista Exame

Conheça a Future Dojo, escola virtual de habilidades a empregos do futuro

Felipe Collins, sócio da consultoria em inovação ACE, está à frente da Future Dojo, escola virtual de competências cada vez mais pedidas pelas empresas

Collins, da Dojo: nome japonês e ensino focado em questões práticas das empresas (Leandro Fonseca/Exame)

Collins, da Dojo: nome japonês e ensino focado em questões práticas das empresas (Leandro Fonseca/Exame)

LB

Leo Branco

Publicado em 13 de maio de 2021 às 05h02.

Última atualização em 17 de junho de 2021 às 12h19.

Mesmo antes da pandemia, e das incertezas trazidas com ela, uma porção de especialistas em tendências do mercado de trabalho já repetia, quase à exaustão, a máxima de que boa parte dos empregos atuais vai desaparecer nos próximos anos. Para Felipe Collins, sócio da ACE, uma consultoria dedicada à inovação em grandes empresas e em startups, sediada em São Paulo, o futuro já está aí — e quem ficar parado corre o risco de sair do mercado de trabalho sem chance de voltar.

Numa joint venture com a EXAME Academy, braço de educação da EXAME, Collins está à frente da Future Dojo, uma escola virtual de competências cada vez mais pedidas pelas empresas, como trabalho em equipe, criatividade e gestão do tempo — as chamadas soft skills. Na entrevista a seguir, Collins dá a sua visão sobre o futuro dos empregos e da qualificação profissional.

Por que lançar a Future Dojo?

A tecnologia tem evoluído numa velocidade cada vez maior. É a lei de Moore. O telefone levou 60 anos para conquistar 50 milhões de usuários no início do século 20. O aplicativo Pokémon Go levou 18 dias para ganhar a mesma escala. Com isso, as habilidades requeridas para o mercado de trabalho estão mudando rapidamente. Dar informação hoje não é mais importante, uma vez que ela virou commodity. É preciso ensinar a aprender — e a estar acostumado a fazer isso de maneira contínua.

Quais são os diferenciais da Future Dojo?

A ideia aqui é ter educação na prática. Hoje o ensino tem muita experiência passiva. É o aluno vendo o que o professor tem a dizer. Na Future Dojo o foco é o aprendizado a partir de questões práticas. Para isso, a didática é inspirada em empresas inovadoras e usa metodologias como a ágil [que pressupõe a divisão do trabalho por meio de equipes multidisciplinares que mudam a cada projeto]. O aluno escolhe o conteúdo, em trilhas personalizadas.

De onde vem o nome Dojo?

Dojo é “local do caminho” ou “da iluminação” em traduções literais do japonês. O termo é utilizado também para designar locais de aprendizado imersivo ou até para templos de meditação e iluminação espiritual. Praticantes de artes marciais, como o judô, chamam o espaço de lutas de dojo, mas o termo é muito mais do que isso. Não precisa de tatames, armas, decoração japonesa nem nada, precisa apenas ser um local de aperfeiçoamento e aprendizado. É isso que queremos ser. Os professores, aqui, são como senseis, termo japonês para os mestres dedicados a fazer a curadoria do aprendizado de um aluno.  

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEmpregosEscolasStartups

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda