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O hospital que atolou no lamaçal

A construção do hospital Júlio Müller, em Cuiabá, é um caso exemplar da falta de planejamento e coordenação no setor público


	Cuiabá, Mato Grosso: faltou drenar o terreno das obras do Hospital Júlio Muller.
 (Divulgação/ Embratur)

Cuiabá, Mato Grosso: faltou drenar o terreno das obras do Hospital Júlio Muller. (Divulgação/ Embratur)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 04h56.

São Paulo — A construção do hospital Júlio Müller, em Cuiabá, é um caso exemplar da falta de planejamento e coordenação no setor público. As obras foram iniciadas em 2012, com recursos da Universidade Federal do Mato Grosso e do governo estadual. Era para estar tudo concluído no ano passado, mas até agora só 9% da estrutura ficou pronta.

Uma das razões do atraso é que a área onde o hospital está sendo construído se torna um lamaçal no período mais chuvoso do ano, de dezembro a fevereiro. O governo mato-grossense, responsável pela obra, alega que o projeto, que coube à universidade, não previa as necessárias obras de drenagem.

A universidade afirma que havia essa previsão — as construtoras contratadas é que não drenaram o terreno. Os atrasos motivaram a rescisão do contrato com as empreiteiras em outubro de 2014. Uma nova licitação deve sair no mês que vem. Vai custar mais: o orçamento, que era de 116 milhões de reais, poderá chegar a 160 milhões de reais. Na melhor das hipóteses, a conclusão da obra ficará para 2018.

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