Estrelas caídas: expoentes do PT, como Lindbergh Farias e Dilma Rousseff, receberam votações humilhantes, em nível de partidos nanicos | José Carlos Daves/Futura Press
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2018 às 05h20.
Última atualização em 11 de outubro de 2018 às 05h20.
O primeiro turno da eleição presidencial de 2018 marca o começo efetivo, após 15 anos de vida sob o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu sistema de forças, do processo de desesquerdização do Brasil. O sucesso obtido pelo deputado Jair Bolsonaro, até há pouco um desconhecido que não teve nem sequer 1 minuto de tempo no horário eleitoral obrigatório na televisão, não contou com nenhuma coligação de partidos a seu favor, não teve dinheiro do “Fundo Partidário” e, para completar, foi vítima de uma tentativa de assassinato que o manteve no hospital durante toda a reta final da campanha, é a prova mais evidente de que a maioria dos brasileiros não quer mais o petismo mandando no país.
O que está em andamento é uma obra de desinfecção generalizada da política nacional tal como ela tem sido praticada nos últimos anos. É essa, e não outra, a razão pela qual Bolsonaro recebeu quase 50 milhões de votos logo no primeiro turno, entra com força na disputa final e reduziu Lula a seu tamanho real no corrente momento: um ex-líder que está na cadeia com uma pena de 12 anos de prisão nas costas, perdeu a capacidade de transferir votos para “postes” como Fernando Haddad e viu seu partido ser triturado nas urnas.
Os candidatos do PT aos governos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul foram reduzidos a pó — receberam votações humilhantes, em nível de partido nanico. Nos três maiores colégios eleitorais do Brasil, o partido conseguiu ficar sem nenhum senador. Sua mais calamitosa estrela, Dilma Rousseff, que as pesquisas davam até a véspera da eleição como a senadora que seria a “mais votada do Brasil”, ficou com um quarto lugar ridículo em Minas. O eterno senador Eduardo Suplicy foi enfim exterminado da política em São Paulo. No Rio de Janeiro, o grande revolucionário Lindbergh Farias, que se imagina o comandante das alas mais agressivas do PT, mas precisará agora se livrar das acusações de roubar leite das escolas de Nova Iguaçu, virou farinha de rosca.
O candidato principal, Fernando Haddad, teve 18 milhões de votos a menos do que o primeiro colocado na disputa para presidente. Até no Nordeste, o mítico Nordeste onde se atribui a Lula poderes sobrenaturais para controlar eleições, e onde o PT mantém seus principais depósitos de eleitores, as coisas não correram bem. O partido teve, ali, 10 milhões de votos a menos do que nas eleições presidenciais de 2014.
Sobrou a votação para a Câmara, onde o lulismo se beneficiou do esfacelamento miserável do PSDB — que praticou um dos atos de suicídio mais idiotas da história política brasileira ao fazer campanha contra Bolsonaro em vez de contra o PT. (O candidato do PSDB conseguiu o prodígio de ficar com menos de 5% dos votos, coisa jamais vista antes neste país.) Mas lugar na Câmara de Deputados não é consolo para ninguém — não adianta nada se você não comanda uma maioria.
A decisão final foi jogada para 28 de outubro, e as previsões mais seguras sobre o resultado acabarão sendo feitas às 20 horas desse dia. Mas é certo que o Brasil enjoou do PT e de quase tudo o que vem junto com seu sistema e suas práticas de governo. Cansou de seus aliados ladrões, até no Nordeste — apesar de algumas exceções mais notáveis aqui e ali. Cansou, evidentemente, de sua própria roubalheira alucinada ao longo dos quatro governos seguidos de Lula e Dilma. Cansou da bandidagem envolvida na Lava-Jato. Cansou, enfim, das tentativas maciças de lavagem cerebral que vêm sendo feitas há anos seguidos pela esquerda — e que tentam impor valores que a maioria da sociedade brasileira não tem, não gosta e não entende.
O brasileiro votou contra a cumplicidade entre PT, mais seus anexos, e o crime. Votou contra a catequese de que não há diferenças entre meninos e meninas; não acha que são “meninx”. Votou contra a ameaça permanente de se ver acusado pela esquerda de homofobia, racismo, machismo, fascismo, nazismo e outras taras sociais ou ideológicas. Está de saco plenamente cheio.