Revista Exame

O bilionário Jack Dorsey, do Twitter

Em menos de cinco anos, o americano Jack Dorsey teve duas grandes ideias — e ganhou muito dinheiro com elas

Jack Dorsey, no IPO do Twitter: a participação de 4% na rede social engordou sua fortuna em mais de 1 bilhão de dólares (Andrew Burton/Getty Images)

Jack Dorsey, no IPO do Twitter: a participação de 4% na rede social engordou sua fortuna em mais de 1 bilhão de dólares (Andrew Burton/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 12h59.

São Paulo - Não é fácil escolher qual foi o personagem que mais se destacou em 2013 no Vale do Silício, região da Califórnia em que se concentram as empresas de tecnologia americanas. Larry Page, fundador do Google, e Mark Zuckerberg, criador do Facebook, tiveram um ano excepcional à frente de suas empresas.

O Google terminará 2013 valendo 56% mais do que no fim do ano passado, enquanto o Facebook viu o valor de suas ações quase dobrar no mesmo período. Mas é o americano Jack Dorsey, um empreendedor bem menos badalado do que Page e Zuckerberg, que entra em 2014 com mais motivos para comemorar.

Dorsey é um dos fundadores da rede social Twitter, que abriu o capital na bolsa de Nova York em novembro. É o maior IPO de empresas de tecnologia do ano. O valor da ação passou de 26 para os atuais 51 dólares. Com 4% de participação, Dorsey, aos 37 anos, viu sua fortuna ultrapassar os 2 bilhões de dólares.

Apesar do faro inquestionável para negócios, Dorsey — assim como o colega bilionário Zuckerberg — não é exatamente um craque em relacionamento interpessoal. A proposta inicial do Twitter, de responder “O que você está fazendo agora?” em até 140 caracteres, partiu de Dorsey. Ele foi o primeiro presidente do Twitter. Mas logo vieram as desavenças com os outros três fundadores.

Sua dificuldade em resolver problemas simples — como evitar que a rede social saísse do ar em horários de pico — e sua incapacidade de ouvir críticas fizeram com que Dorsey fosse derrubado do cargo em 2008. Na única vez em que se pronunciou sobre o assunto, foi enfático. “Foi um soco no estômago”, disse em uma entrevista à revista Vanity Fair.

A briga de 2008 teve um impacto positivo para Jack Dorsey. Fora do Twitter, ele foi obrigado a pensar em outro negócio para chamar de seu. Criou em 2009 o Square, um serviço de pagamentos móveis, que fechou 2012 com faturamento de 220 milhões de dólares.

É dado como certo que o Square vai abrir o capital em 2014. Em 2011, ele voltou a ser presidente do conselho de administração do Twitter. Dos três fundadores que conspiraram para derrubá-lo, apenas um, Evan Williams, segue no conselho. No fim, quem está sorrindo é Jack Dorsey.

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