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Relógios: 5 tendências inusitadas das maiores marcas do mundo

A indústria inovou em combinações inusitadas. Se eu tivesse arriscado os principais lançamentos até agora, teria errado todos. Com a autoestima abalada, aponto cinco tendências atuais

MoonSwatch: relógio da Swatch em parceria com a Omega custa cerca de 30.000 reais (Divulgação/Divulgação)

MoonSwatch: relógio da Swatch em parceria com a Omega custa cerca de 30.000 reais (Divulgação/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2022 às 06h00.

Colaborações

Colaborações entre marcas sempre foi uma ferramenta para vender relógios de pulso. A marca Ferrari, por exemplo, é destaque em vários modelos de inúmeros fabricantes. Mas nunca uma colaboração fez tanto barulho quanto o lançamento entre Omega e Swatch (ambas do mesmo grupo Swatch).

Filas se estenderam em todas as lojas Swatch do mundo. Parecia até o lançamento de um novo iPhone, com pessoas acampadas para tentar comprar o MoonSwatch. O modelo mais famoso da fabricante Omega é o ­Omega Speedmaster Moonwatch, relógio usado pela Nasa no programa Apollo. O único relógio do mundo que já esteve na superfície lunar, e que custa 30.000 reais.

Quando a Swatch anunciou o modelo da Omega feito com tecnologia e material Swatch (quartz e biocerâmica) por 1.300 reais (260 dólares), o mercado também foi à lua. Sucesso de vendas, a parceria abre espaço para outras colaborações entre marcas com design de luxo, porém com preços acessíveis.

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Em outro patamar do luxo, a Patek Philippe lançou em dezembro de 2021 a última versão do famoso modelo 5711 em parceria com a Tiffany da mesma famosa cor azul. Foram apenas 170 unidades produzidas, vendidas a um preço de 250.000 reais. O sucesso foi tanto que uma das unidades foi vendida pela casa de leilão Phillips por 31 milhões de reais.

A lição que fica é que colaborações têm de ir além do uso da marca. Quando bem pensadas e executadas, podem fazer barulho. Este foi o ano em que um Swatch roubou o holofote dos relógios mais caros do mundo


Designs mais “jovens”

O ano foi marcado pela movimentação de casas mais estabelecidas e tradicionais para atrair um público mais jovem. A. Lange & Söhne lançou o Odysseus, seu primeiro relógio em titânio. A Patek Philippe está oficialmente descontinuando o célebre modelo 5711 e, para atrair consumidores novatos, lançou três modelos que seguem uma pegada mais esportiva: um calendário anual referência 5326G, um novo ­Calatrava referência 5226G e, por último, o meu favorito, um cronógrafo monopusher referência 5470P-001.


O fim da “cor do ano”

A temporada passada foi a do mostrador verde. Praticamente todos os grandes fabricantes deram destaque a modelos com essa cor. A Rolex já havia antecipado uma nova tendência, a dos mostradores coloridos com o modelo Oyster Perpetual.

Neste ano outros fabricantes foram na onda do arco-íris. No fim, nenhuma cor se destacou. A Oris lançou o modelo Propilot com três cores diferentes: rosa, cinza e azul. A Sinn lançou uma edição limitada, o Sinn 556, com quatro cores diferentes (azul-bebê, laranja, amarelo e verde).

A Nomos trouxe o Club Campus com mostrador roxo e rosa. Outro player grande que entrou no mundo das cores foi a própria Omega, com o lançamento da linha Aqua Terra e dez combinações diferentes de cores.

Omega Aqua Terra (Divulgação/Divulgação)


Rolex e a busca por perfeição

Rolex Day-Date 40 mm de platina (Divulgação/Divulgação)

A Rolex só compete com a própria Rolex. O foco é sempre o desenvolvimento técnico do produto. A busca pela perfeição resulta em mudanças que às vezes passam despercebidas pelo público mais leigo.

O modelo Air King, por exemplo, teve uma evolução de sua caixa. Pela primeira vez na história da empresa, incluiu uma proteção da coroa, colocando o modelo em um patamar de relógio esportivo.

O novo Rolex GMT incorporou cores pretas e verdes no bisel, para ser usado no pulso direito. Outros modelos que incorporaram melhorias estéticas e técnicas foram o novo Deepsea, os novos Yatch-Masters e, por último, meu predileto, o Day-Date 40 mm de platina, com bisel riscado. Poucos sabem, mas esse é um feito técnico impressionante.


Consagração da Cartier

Cartier Tank Louis preto (Divulgação/Divulgação)

Na minha opinião, quem roubou o show no ano foi a Cartier. Pela primeira vez eu quis todos os lançamentos da marca. Desde modelos mais tradicionais, como o Cartier Tank Louis com o mostrador preto e o Cartier Santos Dumont bege (edição limitada a 200 unidades), até modelos de técnica avançada. A linguagem do design Cartier se mantém tradicional e ao mesmo tempo de vanguarda.

O principal exemplo disso é o Cartier Masse Mystérieuse, um modelo skeleton (máquina aparente) no qual a máquina é o rotor do relógio e gira junto com o movimento do pulso. Além de toda a inovação, a Cartier apostou com força na linha Pasha e introduziu uma linha feminina nova, a Cartier Coussin, uma obra de arte.  

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