Revista Exame

Proteína, plantas e peixes: como a JBS se consolidou como a maior empresa privada do Brasil

Com receita líquida de 350 bilhões de reais, a JBS pavimentou o que seu negócio será nas próximas décadas durante 2021

O CEO Gilberto Tomazoni: outro tempero na expansão (Leandro Fonseca/Exame)

O CEO Gilberto Tomazoni: outro tempero na expansão (Leandro Fonseca/Exame)

GV

Graziella Valenti

Publicado em 13 de setembro de 2022 às 06h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2022 às 09h57.

Não importou a disparada do preço do minério. Em 2021, a JBS consolidou sua posição de maior companhia privada brasileira, com uma receita líquida de 350 bilhões de reais — maior que a da Vale, de 293 bilhões de reais. Porém, mais do que por reforçar a posição, o ano foi um marco por pavimentar o que o negócio será nas próximas décadas.

A companhia investiu quase 20 bilhões de reais, tanto com o anúncio de expansões e greenfield quanto em aquisições internacionais. Foram compradas operações de marca na Europa e uma frente de seafood, fechando o portfólio em todas as principais proteínas — carne bovina, suína, aves e peixes.

“Em 2007, quando fizemos nosso IPO, éramos um negócio de uma só proteína. Hoje somos considerados uma das maiores empresas de alimentos do mundo”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS. “Estamos colocando outro tempero na nossa expansão. Todos os investimentos foram nos segmentos de valor agregado e de marcas.”

Além da liderança nas proteínas tradicionais, a JBS tornou-se relevante em charcutaria italiana, tem posição estratégica em alimentos plant-based e investiu em proteína cultivada com a espanhola BioTech Foods. Todas essas bases foram lançadas em 2021. “Novas avenidas foram abertas”, diz o CEO. Além dos investimentos, a empresa colocou 7 bilhões de reais na frente de sustentabilidade social e ambiental, desembolsou 7,4 bilhões de reais em dividendos e 10 bilhões de reais em recompra de ações.

AS MELHORES DO SETOR

Pontuação
da empresa
Posição
por receita
EmpresaReceita 2021(1)Receita 2020(1)Lucro Líq. 2021(1)Patrim. Líq. 2021(1)Ativo Total 2021(1)Cidade-SedeEstado
1 7,11 2JBS 350.695.561  270.204.212  20.529.653  47.796.720  207.109.116 São PauloSP
2 6,99 11Marfrig 85.388.468  67.549.396  6.646.379  5.571.723  48.003.258 São PauloSP
3 6,52 14Ambev 72.854.300  58.379.000  13.122.600  84.017.600  138.602.500 São PauloSP
4 6,38 30Minerva Foods 26.965.360  19.406.344  598.879  654.131  20.069.462 BarretosSP
5 6,13 18BRF 48.343.305  39.469.700  517.314  8.825.623  55.903.387 São PauloSP
6 5,97 587Peccin 404.010  279.447  31.456  116.974  273.243 Cristal RS
7 5,65 139McDonald’s 5.406.734  4.491.057  184.673  689.834  6.786.273 BarueriSP
8 5,38 565Hemmer 453.894  374.438  52.177  74.154  294.429 BlumenauSC
9 5,33 420Dori 940.667  732.828  71.357  239.822  733.176 MaríliaSP
10 5,33 230Brejeiro — Produtos Alimentícios  2.628.463  1.866.078  140.690  477.456  1.192.551 OrlândiaSP

(1) Valores em milhares de reais. Para a colocação das empresas foram considerados: resultados contábeis-financeiros (ROE – Retorno Sobre o Patrimônio Líquido, Roce – Retorno Sobre o Capital Empregado, ILS – Índice de Liquidez Seca, D/E – Alavancagem); crescimento de 2020 e 2021; ESG (sete indicadores ambientais, sete indicadores sociais e sete indicadores de governança).
Mais detalhes podem ser conferidos no site
mm.exame.com


(Publicidade/Exame)

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