Belmiro Gomes e Sandra Vicari: remuneração dos executivos ligada a metas ESG (Germano Lüders/Exame)
Repórter Exame IN
Publicado em 17 de setembro de 2024 às 21h06.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h35.
Em 2022, o Assaí Atacadista acelerou a expansão com a conversão dos hipermercados Extra. Um ano depois, começou a colher os frutos dos 13 bilhões de reais investidos em três anos. A receita cresceu 22% em 2023, superando 66 bilhões de reais, com 25 milhões de tíquetes processados ao mês, resultado do aumento do número de lojas, que em 2023 somavam 288 unidades e devem superar 300 em 2024.
“Hoje somos a empresa de varejo mais presente nos domicílios brasileiros”, afirma o CEO, Belmiro Gomes. Segundo ele, um em cada quatro lares compra na rede, colocando o Assaí no topo do ranking de penetração, superando a Americanas. Além da expansão, a operação se transformou, com lojas em regiões centrais das grandes cidades e mais serviços, como padaria e açougue, o que melhorou a margem e atraiu novos tipos de clientes, incluindo classes mais altas. “As lojas não são mais apenas para compras abastecedoras, mas também repositoras”, explica Gomes.
Os juros altos desafiaram a lucratividade em 2023 e ainda são motivo de preocupação. “O endividamento das famílias diminuiu, mas o setor alimentar ainda não retomou os volumes pré-pandemia.”
Mas as mudanças de 2023 foram além do financeiro: o Assaí passou a ser uma corporation. Ou seja, sem controlador e com um conselho de membros independentes. Sandra Vicari, vice-presidente de Gestão de Gente e Sustentabilidade, destaca que o ano foi crucial para a estratégia ESG, que ganhou mais visibilidade. “A remuneração de nossos executivos atende a metas de sustentabilidade e diversidade, em alinhamento com o modelo de negócios.” Seu braço social, o Instituto Assaí, completou seu primeiro ano. Hoje, 8% dos 84.000 funcionários se declaram LGBTQIAP+ e 44% dos líderes se identificam como negros.