Revista Exame

Cidade do futuro será terreno fértil para a inovação

Cidade do futuro será sustentável dos pontos de vista econômico, social e ambiental; e boa para viver, trabalhar, empreender e inovar

Cidades: sustentabilidade, qualidade de vida e ambiente propício aos negócios são as metas (Cris Faga/NurPhoto e Javier Larrea/Getty Images)

Cidades: sustentabilidade, qualidade de vida e ambiente propício aos negócios são as metas (Cris Faga/NurPhoto e Javier Larrea/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 05h51.

Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 05h51.

Não faz muito tempo que a população urbana ultrapassou a que vive nas áreas rurais no mundo. O marco é de 2008, segundo dados do Banco Mundial. Hoje, 54% dos habitantes do planeta residem em cidades — uma multidão da ordem de 4 bilhões de pessoas. No Brasil, a mudança ocorreu há bem mais tempo, e estamos entre os países mais urbanizados, com 85% dos brasileiros se concentrando em áreas adensadas.

Não há nenhuma dúvida de que o futuro da humanidade está nas cidades — a migração continua em curso na China e em outros países. E isso, fundamentalmente, é bom. As cidades promovem a circulação e o confronto de ideias, são estimulantes para os negócios, permitem o florescimento da cultura e das artes e ajudam a concentrar os recursos para oferecer educação e serviços de saúde.

A percepção do valor das cidades vem da Grécia de 2.500 anos atrás. É da convivência no espaço urbano que nasceram a política (“polis”, afinal, era o termo do grego antigo para cidade) e a democracia. Mas a cidade ideal para o filósofo Aristóteles era uma aglomeração de 5.000 cidadãos — entre os quais não se incluíam as mulheres, os escravos e os homens alforriados.

E o que é a cidade ideal nos tempos de hoje? E no futuro, o que será? Sustentável dos pontos de vista econômico, social e ambiental. Terreno fértil para a inovação. E, sobretudo, ambiente bom para viver, trabalhar e empreender. Essas são características desejáveis e perseguidas por cidades mundo afora — algumas delas, bem diferentemente da concepção aristotélica, abrigando milhões de pessoas.

Muito do que se quer para ter cidades melhores já existe e esta edição especial, parte da celebração de 50 anos de EXAME, é dedicada a averiguar o que há de mais avançado. Para isso, foram entrevistados especialistas e realizadas reportagens em metrópoles dinâmicas e que são referência global, como Shenzhen, Nova York, São Francisco, Melbourne e Medellín, além das feitas em cidades brasileiras — a edição contém também a quarta edição do ranking das melhores para fazer negócio no Brasil.

Os exemplos internacionais trazem lições inspiradoras para que nossas cidades sejam centros mais favoráveis não só aos negócios como também para os brasileiros viverem. Ganham a economia e os cidadãos.

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