Ramon Alcaraz, CEO da JSL: foco no aumento de market share (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 17 de setembro de 2024 às 21h07.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h37.
Desde que abriu o capital, no terceiro trimestre de 2020, a empresa de logística e transporte rodoviários JSL prometeu ter um crescimento acelerado independentemente das condições da estrada macroeconômica brasileira. Pandemia e juros de dois dígitos não foram suficientes para frear a companhia. “Gosto de fazer analogia com corrida, porque sou piloto”, diz Ramon Alcaraz, presidente da JSL. “Quando chove e a pista fica molhada, não preciso correr como na pista seca, só preciso correr melhor que meus concorrentes nesse cenário.”
Na lógica de estar preparado para qualquer situação, a empresa teve como norte a revisão de contratos, redução de custos e a busca por mais eficiência. Uma das medidas foi um plano de redução de custo, que focou a melhor utilização de insumos, combustíveis e pneus. A empresa investiu também na compra de veículos mais eficientes e apostou na tecnologia para fazer rotas mais vantajosas, com menos tempo de percurso pelo menor custo.
O resultado foi um lucro líquido de 351,7 milhões de reais em 2023, alta de 81% na comparação com o ano anterior. Os números são explicados também pela busca de diversificação, que no ano passado adquiriu a IC Transportes, empresa especializada na área de transporte de produtos perigosos, como combustíveis e grãos, e a FSJ Logística, que trabalha com e-commerce e derivados.
No último ano, a JSL teve bom volume de cargas de papel e celulose, mineração, alimentício, e-commerce e automotivo. Para o futuro, a companhia promete aumentar seu market share, que hoje está em 3%. “Apesar de ser grande, a JSL tem ainda um caminho quase infinito para explorar”, afirma Alcaraz.