Loja da C&A, em São Paulo: o cliente pode provar a peça e comprar online (Germano Lüders/Exame)
Marina Filippe
Publicado em 6 de dezembro de 2018 às 05h00.
Última atualização em 6 de dezembro de 2018 às 05h00.
Em 2017, o executivo carioca Paulo Correa, presidente da varejista de moda C&A no Brasil, decidiu encurtar o ciclo de lançamentos de roupas e criar coleções semanais com até 20 peças — tradicionalmente, as coleções são mensais. A ideia começou a ser posta em prática em abril deste ano com a formação de um time multidisciplinar de sete pessoas na sede da companhia em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
Composta de funcionários de áreas como estilo, compras e tecnologia, a equipe faz reuniões semanais de 1 hora e meia para definir os detalhes das peças e sua distribuição. Para tornar o processo mais ágil, o time começou a trabalhar de forma horizontal, sem um líder específico. Os cerca de dez fornecedores mais próximos da varejista foram convidados a participar do novo processo e estão em contato direto com a equipe por meio de um aplicativo exclusivo. A intenção é que cada fornecedor seja um cocriador das coleções.
Desde o lançamento, o projeto ganhou uma marca própria, chamada Mind7, e vem sendo aprimorado com base na opinião dos consumidores. A venda é feita exclusivamente online, mas, por sugestão dos clientes, eles podem experimentar antes as peças em duas lojas da rede, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. “Queremos dar oportunidade para que as pessoas acompanhem suas tendências preferidas sem ficar presas aos calendários dos desfiles”, diz Correa. “É um processo de agilidade e democratização da moda.”