Revista Exame

Na cidade catarinense de Lages sobram aeroportos

Em Lages, Santa Catarina, um desnecessário aeroporto de 38 milhões de reais pode ficar abandonado

O aeroporto de Correia Pinto (SC): à espera da demanda (Agência RBS)

O aeroporto de Correia Pinto (SC): à espera da demanda (Agência RBS)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 18h01.

São Paulo – Os moradores de Lages, município de 160.000 habitantes no interior catarinense, terão em breve uma estrutura digna de metrópole: dois aeroportos capazes de receber grandes aeronaves. O mais antigo, aberto em 1972, próximo ao centro da cidade, estava há 20 anos restrito a aviões de pequeno porte porque o galpão de um frigorífico construído a poucos metros da cabeceira atrapalhava pousos e decolagens.

Enquanto isso, o governo de Santa Catarina decidiu construir outro aeroporto a apenas 26 quilômetros de distância, no município vizinho de Correia Pinto. As obras estão em andamento há 14 anos. Demorou tanto que, no ano passado, o galpão que atrapalhava a operação do aeroporto antigo foi demolido.

Sem o impedimento, ele voltou a se tornar atraente. Bastou a prefeitura local investir 400.000 reais em pequenas reformas e a companhia aérea Azul já planeja operar ali em breve. Quanto ao novo aeroporto, que custou 38 milhões de reais e deverá ficar pronto até o fim do ano, no momento não desperta o interesse de nenhuma das grandes aéreas brasileiras.

Segundo normas internacionais, aeroportos regionais se justificam economicamente a uma distância mínima de 100 quilômetros de outro aeroporto. Na região de Lages, pista para aviões não vai faltar. Resta ver se haverá demanda.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAeroportos do BrasilAviõesEdição 1108EmpresasreformasSanta CatarinaSetor de transporteSó no BrasilTransportesVeículos

Mais de Revista Exame

Invasão chinesa: os carros asiáticos que chegarão ao Brasil nos próximos meses

Maiores bancos do Brasil apostam na expansão do crédito para crescer

MM 24: Operadoras de planos de saúde reduzem lucro líquido em 191%

MM 2024: As maiores empresas do Brasil