Luís Klöppel, da Regen: startup de Valinhos já plantou mais de 540.000 árvores (Regen/Divulgação)
Repórter
Publicado em 18 de outubro de 2024 às 06h00.
Para reduzir os impactos de incêndios fora do controle, uma das alternativas é formar novas florestas em áreas desmatadas. Esse é o trabalho da Regen, empresa criada por Luís Klöppel em Valinhos, no interior de São Paulo.
Arquiteto e urbanista de formação, o empreendedor começou no mercado de trabalho prestando serviço em uma empresa de paisagismo.
Durante essa experiência, conheceu o futuro sócio Alexandre Sathler, engenheiro agrônomo que comentou sobre a dificuldade do mercado brasileiro de plantar novamente onde a terra já tinha sido destruída. “Havia altos índices de mortalidade das mudas, tornando o processo caro e ineficaz”, diz.
Não demorou muito para Klöppel e Satlher criarem a Regen. Os primeiros testes começaram em 2014, mas o primeiro contrato veio mesmo em 2017, após três anos de pesquisa de campo.
No modelo de negócio escolhido, a empresa faz o meio de campo entre as grandes companhias precisando criar florestas para compensar carbono e proprietários de terra querendo ter suas áreas com árvores novamente, mas sem a grana para isso.
A empresa também tem um sistema para monitorar o desenvolvimento das florestas, utilizando drones e aplicativos de geolocalização para criar relatórios detalhados para os clientes.
O foco é nos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, principalmente nos estados de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
Diferente de outras empresas que cobram uma mensalidade pelo serviço prestado, a startup decidiu cobrar uma única vez pela entrega da floresta plantada, mesmo que leve três ou quatro anos para ela ficar pronta.
Com uma equipe de 15 funcionários diretos, a Regen já plantou mais de 540.000 árvores em 320 hectares de áreas antes destruídas.
Hoje, a pequena equipe já consegue plantar 1.000 árvores por dia e deve fechar o ano faturando 3,2 milhões de reais. A receita deve crescer nos próximos anos, à medida que mais empresas buscam plantar árvores, e mais proprietários de terra entendem que a floresta viva também dá dinheiro.