Porto de Los Angeles, nos Estados Unidos: o comércio dos países do G20 recuou e caminha para atingir o pior desempenho desde 2017 (Mike Blake/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 05h14.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 15h52.
O ano de 2019 foi ruim para as transações comerciais dos países do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo. Em seu último relatório do ano sobre comércio exterior, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ressalta que a troca de mercadorias dos países do G20 registrou o terceiro trimestre consecutivo de queda. As exportações recuaram 0,7%, e as importações 0,9%.
A fragilidade atingiu todas as regiões, mas a retração no terceiro trimestre foi maior na União Europeia, onde as exportações caíram 1,8%, e as importações 0,4%. O fraco desempenho do bloco foi puxado pelo recuo da atividade comercial nas três maiores economias europeias: Alemanha, França e Itália. O mais recente acordo entre os Estados Unidos e a China, que reduziu parte das tarifas sobre os produtos chineses e evitou a imposição de novas barreiras entre os dois países, deverá aliviar a situação em 2020. Mas a OCDE alerta que, se no quarto trimestre de 2019 for registrada a quarta queda, o comércio do G20 atingirá o nível mais baixo desde 2017.
CHINA
A maioria da população nos principais países da América Latina, incluindo o Brasil, avalia que os laços com a economia chinesa são positivos para os interesses locais. O resultado faz parte de uma pesquisa do instituto americano Pew Research Center, que aferiu a opinião do público sobre a China em diversos países. Já entre os vizinhos da Ásia há mais desconfiança quanto à crescente influência chinesa.
POLÍTICA
Ameaçada pela ascensão de governos nacionalistas apoiados por milhões de eleitores, a democracia não vive um bom momento no mundo. Como resultado, um número maior de países está passando por um processo de “autocratização”, quando há o enfraquecimento das instituições que sustentam a democracia e limitam o poder dos governantes. Pela primeira vez em 40 anos, o número de países em processo de autocratização é maior do que o de países que estão se democratizando: 24 ante 21.
Em 2016, 415 milhões de pessoas viviam em nações em processo de autocratização. Agora, o número é de 2,3 bilhões. Os dados são de um estudo recente da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Os pesquisadores consideram que países populosos, como a Índia, os Estados Unidos e o Brasil, agora estão no grupo das nações em “autocratização”. Por outro lado, a pesquisa ressalta que, embora combalida, a democracia continua sendo o regime político mais difundido, presente em 99 países.