Mía rosé: vinho fresco que começa a chegar ao Brasil (Freixenet/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 30 de julho de 2020 às 05h30.
Última atualização em 30 de julho de 2020 às 11h30.
Para muitos consumidores brasileiros, Freixenet é quase sinônimo de festa. O que se explica pelo fato de a marca ser líder entre os espumantes importados, com 9,7% do mercado. O que pouca gente sabe é que o grupo espanhol, que em 2018 se fundiu com o alemão Henkell para formar a Henkell Freixenet, produz vinhos de todos os tipos, para todos os públicos e para todos os tipos de ocasião. Esses outros vinhos só não chegavam ao Brasil. Agora passam a chegar. A Henkell Freixenet do Brasil está mais que dobrando seu portfólio e se reposicionando no mercado brasileiro. Sem abandonar a imagem jovem, ligada a festas e baladas, a marca quer ampliar seu mercado e conquistar o consumidor experiente de tintos e brancos.
Até agora a filial, que vendeu 1 milhão de garrafas no Brasil em 2019 e teve crescimento de 119% no faturamento em relação a 2018, importava apenas espumantes: os clássicos Cordón Negro e Carta Nevada, o Ice, alguns rótulos mais caros da linha Freixenet, outros cavas, os espumantes de moscato da linha Mía, o prosecco e o espumante Italian Rosé. Agora, além de incorporar os rótulos da Henkell, como o espumante Henkell, o prosecco Mionetto e a linha I Heart, a Henkell Freixenet passa a trazer os vinhos da linha Mía, a nova linha de vinhos italianos e vinhos espanhóis de diversas bodegas do grupo Ferrer Miranda em Rioja, Ribera del Duero e Rías Baixas.
A mudança estava prevista desde o ano passado, de acordo com Fabiano Ruiz, diretor executivo da Henkell Freixenet no Brasil. Mas veio a calhar no cenário da pandemia, em que o consumo de vinhos se voltou para o ambiente doméstico e as vendas acontecem mais online e nos supermercados. “Já temos uma marca forte em espumantes”, afirma Yasmin Sultan Segura, gerente de trade marketing da Henkell Freixenet no Brasil. “Agora vamos trabalhar para sermos uma marca forte também de vinhos espanhóis e italianos.”
Muitos dos novos produtos são voltados para o consumidor jovem ou iniciante. A linha Mía e seus vinhos um pouco mais doces são uma porta de entrada para o paladar ainda desacostumado com a adstringência dos secos. E os italian wines, lançados na Europa em março, conquistam pela garrafa bico de jaca. São um branco e um rosé da região de Soave e um tinto Chianti. “Em primeiro lugar está o vinho, claro”, diz Gloria Collell, enóloga da Freixenet que criou o projeto e coordena a produção na Itália. “Mas queremos oferecer uma experiência completa. A beleza da garrafa ajuda.”