Revista Exame

Mais 1 café e 1 negócio: após fechar 6 empresas, hoje ele tem receita de 110 milhões

Gare Marques já deu tchau a seis empresas. Agora lidera uma franquia com 450 lojas e receita de 110 milhões

Gare Marques, da Mais1 Café: estar atento às tendências virou lição após fracassos (Brasilio Wille/Divulgação)

Gare Marques, da Mais1 Café: estar atento às tendências virou lição após fracassos (Brasilio Wille/Divulgação)

O empreendedor curitibano Gare Marques, de 42 anos, está acostumado a recomeçar do zero após o fracasso de um negócio, muitas vezes causado por fatores alheios a ele, como mudanças tributárias onerosas, crises globais e, por fim, a pandemia. Desde os 18 anos, Marques precisou fechar seis negócios. Entre eles uma empresa de alto-falantes automotivos cuja fabricação, de baixíssimo custo, chegava a ser competitiva até com produtos da China vendidos pela concorrência. O país asiático, inclusive, era destino de boa parte da produção até uma lei por lá criar tributações extras aos importados e, assim, decretar o fim do negócio.

(Arte/Exame)

Oriundo de uma família apaixonada pelo automobilismo (o pai e dois irmãos foram pilotos profissionais), Marques criou uma equipe para competir na Stock Car, mas um incêndio numa das carretas que carregavam os carros pôs fim ao sonho — o custo de renovar a frota era alto demais para Marques. Na sequência, ele apostou em duas modas dentro e fora do Brasil. Aqui, fundou uma rede de circuitos de tiro ao alvo em shopping centers. Em paralelo, investiu na fabricação de sandálias personalizadas para exportação, na esteira do sucesso das Havaianas mundo afora. Marques fechou os dois empreendimentos no meio da crise sanitária.

Pouco antes, em 2019, ele já havia tomado a decisão de focar tempo, energia e recursos em setores com resiliência a solavancos. Agora o xodó dele é a Mais1 Café, uma rede de cafeterias de rua cuja expansão é pelo modelo de franquias. Aberta há três anos, a Mais1 Café funciona no esquema “pegue e leve”, sem espaço para o consumo no local. O formato reduz custos fixos, como aluguel, funcionários e material de limpeza. “Se há algo a aprender é a importância de estar atento a tendências”, diz Marques. “As pessoas queriam escapar de aglomerações e ter mais agilidade. O cafezinho na rua atende isso.” Em um ano, foram abertas mais de 300 unidades — hoje são 450. A previsão é de chegar ao final de 2022 com 700 cafeterias e receitas de 110 milhões de reais.


(Publicidade/Exame)

Acompanhe tudo sobre:EmpreendedoresEmpreendedorismoEmpresáriosEmpresasEmpresas brasileiras

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda