Revista Exame

Cultura — Lute como uma garota

Uma nova heroína do cinema, dois mestres da música e um clássico da comédia são as indicações desta edição de EXAME VIP

 (Marvel/Divulgação)

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DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 05h30.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 05h30.

CINEMA

Marvel Maravilha

A fonte de lucro dos filmes com heróis da Marvel Comics parece inesgotável. Desde 2008, 20 produções que custaram cerca de 4 bilhões de dólares arrecadaram 17,5 bilhões no mundo todo. Uma nova personagem acaba de ser  acrescentada à franquia. Trata-se de Capitã Marvel, com Brie Larson (vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 2016 por O Quarto de Jack) no papel-título. Curiosamente, quatro semanas depois deverá estrear Shazam!, filme de um herói da rival DC Comics que um dia já foi chamado de Capitão Marvel. Popular nos anos 40, deixou de ser publicado em 1952 após disputas legais e retornou nos anos 70, rebatizado e agora com a Marvel.

Capitã Marvel
Direção de Anna Boden e Ryan Fleck, com Brie Larson
Estreia em 7/3


STREAMING

Grande retorno

Apesar de alguns trabalhos com reinterpretações, Jards Macalé não lançava um álbum de composições próprias desde 1998. Com Besta Fera, o artista carioca, que completará 76 anos em 3 de março, sai da toca com um trabalho robusto e moderno, que mistura tradição e experimentalismo, como sempre fez, acompanhado por jovens músicos que participaram dos aclamados álbuns recentes de Elza Soares. O cantor, de estilo declamatório, encaixa sua poesia em arranjos dissonantes ou sambas redondos. Diz o refrão da faixa Valor: “Eu quero que saibam o valor de minhas canções / Se boas ou más, pouco me importa / Elaborei com meu calor / E nesse trabalho eu levo a flor”.

Besta Fera
Jards Macalé
Natura Musical
Disponível em streaming


STREAMING

Professor do rock

Bob Mould foi um dos cabeças da banda alternativa Hüsker Dü, cujo punk barulhento mas melodioso nos anos 80 foi embrião de bandas alternativas de primeiro escalão, como Pixies e Nirvana. Tentou novamente ter um grupo na década de 90 com o Sugar, até que finalmente decidiu que seu caminho era mesmo como artista solo. Eventualmente, Mould faz álbuns mais intimistas, mas não é o caso de Sunshine Rock. Aos 58 anos, ele ainda demonstra vigor e disposição para fazer rocks pesados, cativantes e ágeis como há três décadas. Especialistas não perdem a mão. E, se algumas coisas correm o risco de até soar como Foo Fighters, é bom saber que Mould é o professor, não o imitador. E faz melhor.

Sunshine Rock
Bob Mould
Merge
Disponível em streaming


LIVRO

Comédia e suor

O cinquentenário da estreia do revolucionário seriado cômico Monty Python’s Flying Circus na BBC britânica será apenas em outubro. Mas as comemorações já se iniciaram com uma nova edição atualizada do livro Monty Python Speaks!, história oral contada pelos membros sobreviventes do sexteto e alguns agregados. Os relatos de como o programa de TV e os filmes (atualmente na Netflix) foram feitos formam um bom retrato de dinâmica de grupo, passando pelas divisões de preferências, debates criativos e problemas como alcoolismo. Avança até os anos recentes, em que alguns construíram novas carreiras sólidas. É bom para entender que humor não surge por acidente.

Monty Python Speaks!
Por David Morgan
Dey Street Books
R$ 66,40 (Amazon.com)

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