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Prêmio EXAME Gestão de Pessoas 2024: na Renner, oito em cada 10 vagas são preenchidas internamente

Em operações que vão do varejo à tecnologia, a Renner abre várias possibilidades para fazer carreira na companhia

Regina Durante, diretora de gente e sustentabilidade da Lojas Renner: “O funcionário pode virar gerente numa loja, mas existem áreas de dados, de tecnologia, de gestão" (Renner/Divulgação)

Regina Durante, diretora de gente e sustentabilidade da Lojas Renner: “O funcionário pode virar gerente numa loja, mas existem áreas de dados, de tecnologia, de gestão" (Renner/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 06h00.

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O time do departamento humano da varejista Lojas Renner toma decisões que impactam a vida de 25.000 funcionários. Não é uma tarefa fácil. Os negócios da Renner vão das lojas em si a operações logísticas e a uma instituição financeira. Num ecossistema de receita anual de quase 14 bilhões de reais, o jeito foi adotar no RH um lema emblemático da rede: assim como todos os estilos, a Renner tem, também, “todos os empregos”. Não à toa, a cada dez vagas abertas por ali, oito são ocupadas por talentos da casa. “Estamos num ecossistema de muitas possibilidades”, diz Regina Durante, diretora de gente e sustentabilidade da companhia. “O funcionário pode virar gerente numa loja, mas existem áreas de dados, de tecnologia, de gestão. Há mobilidade dentro das próprias empresas do grupo. Pode ir para a China, temos escritórios na Ásia. Temos operação na Argentina e no Uruguai.”

O leque de possibilidades resolve uma dor das empresas de varejo: a rotatividade. Nesse setor, muitas vezes as vagas são consideradas uma entrada para o mercado de trabalho, como atendente de loja. Muitas vezes, o empregado precisa trabalhar nos fins de semana, um problema para muita gente. Na Renner, o turnover voluntário (quando o funcionário pede demissão) gira na casa dos dois dígitos. Pode parecer alto, mas é um dos menores do setor. A receita foi escutar melhor as pessoas nas entrevistas. “Não caímos mais naquela tentação de contratar a primeira pessoa que ouvimos”, diz Durante. “Agora, entendemos se é alguém que gosta do varejo, ouvimos sua história para ver se a pessoa se encaixa de fato na vaga.”

Aperfeiçoar o funcionário também é prioridade

Aperfeiçoar o funcionário também está na prioridade da companhia. Com a Universidade Renner, os empregados têm acesso a mais de 300 trilhas de conteúdo para desenvolvimento interno. Entre os projetos nessa área, também há um programa que torna funcionários microinfluenciadores que divulgam a marca. Os líderes também passam por treinamentos constantes. Potenciais lideranças são mapeadas. “Fazemos isso para não ficarmos o tempo inteiro reféns do mercado para posições estratégicas”, diz a executiva. Aliás, formar novos líderes é uma das metas das próprias lideranças dentro da companhia. Os desafios não param na retenção. O time de comunicação interna, por exemplo, precisa encontrar uma narrativa que possa chegar a milhares de pessoas. A estratégia é falar simples e fazer pesquisas de pulso que ajudem a entender se a comunicação está sendo efetiva. Esses levantamentos ajudam também a pescar o clima da empresa e os pontos altos, na visão dos funcionários. Benefícios costumam aparecer. São os recursos que a empresa encontrou para encantar os funcionários, que, por sua vez, também devem encantar os clientes.

Confira as histórias das 12 empresas vencedoras da 1ª edição do Prêmio EXAME Gestão de Pessoas

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