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O momento da juventude na maneira de fazer negócios

A geração Z abraça com força as empresas com propósito e inspira os mais velhos a fazer o mesmo

Marcília Ursini, da Edelman Brasil: “Não se trata só de comunicar ao mundo que uma empresa ou marca é sustentável” (Andre Porto/Divulgação)

Marcília Ursini, da Edelman Brasil: “Não se trata só de comunicar ao mundo que uma empresa ou marca é sustentável” (Andre Porto/Divulgação)

É possível quantificar o impacto dos jovens na maneira de fazer negócios? O relatório Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica de Influência prova que sim.

De acordo com o estudo, que ouviu 13.700 pessoas acima de 18 anos e 6.700 entre 14 e 17 anos em 14 paí­ses, inclusive no Brasil, a geração Z, de jovens entre 18 e 26 anos, já dita o comportamento de consumidores e de marcas.

A tendência está presente no Brasil. Temas como mudanças climáticas já afetam diretamente as decisões de compra de 35% dos jovens brasileiros, muito mais propensos a adquirir produtos ou serviços de empresas com estratégias para o combate ao problema mundial.

Feita pela agência global de relações públicas Edelman desde 2000, a pesquisa ganhou o recorte geracional há dois anos. De lá para cá, ficou claro que fatores como justiça racial, relações trabalhistas, mudanças climáticas e desigualdade econômica influenciam muito a decisão de compra de um produto ou serviço por parte de alguém da geração Z.

O comportamento deles tem inspirado cada vez mais os consumidores mais velhos. Para 59% dos brasileiros ouvidos, os jovens influenciam gerações anteriores a tomar decisões financeiras e de consumo e ditam até mesmo quais causas serão abraçadas.

“Mais do que a convicção, a proximidade por assuntos de interesse público são novas verticais para a decisão de consumo”, diz Marcília Ursini, vice-presidente executiva de clientes de consumo da Edelman Brasil.

Com tudo isso em mente, o que uma empresa deve fazer para conquistar a geração Z (e, na esteira, as demais)? “Não se trata só de comunicar ao mundo que é uma empresa ou marca sustentável”, diz Ursini. “A busca dos consumidores hoje é por empresas que de fato incorporem suas falas às ações.”


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