Revista Exame

Jovem dos pés à cabeça

A New Era, marca icônica de bonés que completa 100 anos, aposta em colaborações e e-commerce

Modelo dos anos 1950: parte da cultura esportiva americana (Divulgação)

Modelo dos anos 1950: parte da cultura esportiva americana (Divulgação)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 05h39.

Qual é o boné mais famoso do mundo? Um deles certamente é o do New York Yankees, febre entre jovens e falsificadores do mundo inteiro. Por trás das famosas letras bordadas no tecido está a etiqueta da New Era, fabricante de bonés que comemora seu centenário neste ano. A marca, apesar de seu produto ser associado a valores como irreverência e juventude, foi pega no contrapé nesta quarentena. O motivo: a dependência de lojas físicas.

Nos Estados Unidos, principal mercado da New Era, somente 3% das vendas vêm do online. No Brasil, são 8%. “Com a pandemia, expandir nossos canais ao máximo não era mais uma opção. Era obrigatório”, afirma Artur Regen, gerente da companhia no Brasil. A meta agora é encerrar o ano com 15% das vendas no online para fazer a marca chegar aonde ainda não chega. “Temos de estar onde o cliente está, para ele comprar como quiser”, diz Regen.

Desde março a New Era adotou uma abordagem agressiva para se consolidar no online. Hoje é possível pedir um boné, uma roupa ou um acessório pelo Rappi, com entrega garantida no mesmo dia. Em breve, a empresa aceitará pedidos via WhatsApp. Para manter o frescor, costura parcerias com marcas de apelo entre os jovens. Após o sucesso de uma coleção com a Havaianas, lançará nas próximas semanas uma colaboração com a fabricante de óculos Evoke. A New Era também ganhará uma coleção assinada pela estilista Juliana Jabour na próxima São Paulo Fashion Week, em novembro.

Apesar de tudo, a New Era espera em 2020 um faturamento 3% maior em relação a 2019. A meta de expansão da operação brasileira é apostar nos canais digitais de venda e em produtos que vão além dos chapéus. “A New Era atravessou crises se mantendo jovem. Brincamos que nosso público é quem tem cabeça”, diz Regen.

(Arte/Exame)

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