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Como Fazer | Na Randon a inovação veio de fora para dentro

O grupo gaúcho Randon foi buscar em startups o sopro de inovação de que precisava e já teve retorno 20 vezes maior que o investimento feito

Funcionários da Randon: os selecionados dedicam-se apenas a atrair startups (Ricardo Jaeger/Exame)

Funcionários da Randon: os selecionados dedicam-se apenas a atrair startups (Ricardo Jaeger/Exame)

O grupo gaúcho Randon — composto de nove empresas das áreas de autopeças, carrocerias e serviços automotivos — experimentava em 2014 o início de uma crise amarga. As receitas e o lucro caíam e, mesmo com mais de 60 anos de existência, o grupo tinha dificuldade para reagir. “Sofremos o baque que atingiu o setor”, diz Daniel Randon, presidente do grupo. “Entre 2013 e 2016, caímos a um terço de nossa produção total.”

Em meio a esforços para reduzir ativos ociosos, como o fechamento de uma fábrica, o grupo passou a buscar a eficiência nas operações. Para isso, aproximou-se de startups capazes de acelerar o movimento. Em vez de incentivar iniciativas dispersas, o grupo criou um programa de inovação, o Randon Exo. Hoje uma equipe se dedica a conectar diversas áreas do grupo com as startups. O grupo aprova projetos junto com um comitê formado por diretores de tecnologia das empresas Randon.

Até agora, o retorno dos projetos superou em 20 vezes o investimento inicial. Hoje, com a demanda por caminhões em alta novamente, o grupo pretende consolidar essa cultura de melhoria contínua. Suas receitas chegaram a 4,3 bilhões de reais no ano passado, 45% mais do que em 2017. Veja o passo a passo.

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