O CEO Eduardo Sattamini: “Gestão ativa contra a crise" (Leandro Fonseca/Exame)
Bianca Alvarenga
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 22h00.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 11h28.
As lições legadas pela última crise hídrica, que afetou o setor de energia entre 2013 e 2014, são parte da transformação pela qual passou a Engie Brasil Energia. Nos últimos cinco anos, a maior empresa privada de energia do país mudou boa parte do corpo de executivos e investiu na diversificação dos negócios: entrou no setor de transmissão, ampliou os projetos de geração e ingressou no mercado de gás, com a compra da TAG em 2020.
A reestruturação levou a companhia a um crescimento de 25% da receita operacional, que bateu os 12 bilhões de reais no ano passado. Mas é a diversificação das fontes geradoras, em especial, que deve preparar a empresa para o próximo desafio: ultrapassar mais um período de reservatórios vazios.
“Vamos acompanhar o volume de chuvas dos próximos meses e ajustar o portfólio. A gestão ativa é fundamental para proteger nosso resultado financeiro”, diz o CEO da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini. Ele diz que a Engie investiu em usinas termelétricas e fontes renováveis (eólica e solar), que geram mais no período seco. Além disso, a empresa estuda equilibrar o volume de energia vendido com o portfólio. Como as usinas hidrelétricas produzem menos com os reservatórios vazios, as geradoras precisam recorrer ao chamado mercado livre para suprir a carga que foi vendida e não produzida. A aposta da Engie é que ter se preparado para a tempestade quando o tempo estava claro vai fazer a diferença.