Bia Haddad: inspiração para jovens tenistas mulheres (Clive Brunskill/Getty Images)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 06h00.
Última atualização em 26 de dezembro de 2024 às 08h34.
Quando a temporada de tênis de 2024 já se encerrava, veio a notícia bombástica: Novak Djokovic, o último dos Big Three ainda na ativa, começará a ser treinado pelo também veterano, este já aposentado, Andy Murray. A novidade, mesmo com toda a repercussão midiática, não é capaz de esconder um fato: dificilmente Djokovic, hoje com 37 anos, continuará jogando depois de 2025. Com isso, a geração de ouro, formada também por Roger Federer e Rafael Nadal, estará oficialmente fora do circuito.
Mas o tênis é maior do que seus ídolos. Uma nova turma está ocupando esse espaço, nas quadras e nas redes sociais. Mats Wilander, ex-número 1 do ranking, afirmou que, quando Carlos Alcaraz e Jannik Sinner estão no auge, não há como alguém ter jogado melhor. Os dois jovens atletas, de 21 e 23 anos, respectivamente, dividiram neste ano os torneios de Grand Slam. Foi a primeira vez, nas últimas duas décadas, que nenhum dos Big Three venceu pelo menos uma das quatro maiores competições do tênis.
Alcaraz e Sinner dividem as primeiras colocações do ranking com outros jovens, como Alexander Zverev, Taylor Fritz, Daniil Medvedev, Casper Ruud e Andrey Rublev. Se ainda está longe do número de títulos de Djokovic, Sinner já bateu pelo menos um recorde do sérvio: em 2024, foi o tenista que mais arrecadou em premiações em uma temporada, com 16,8 milhões de dólares. É mais dinheiro do que cabe na bolsa modelo duffle bag da Gucci em que leva suas raquetes.
No Brasil, a jovem Bia Haddad tem inspirado tenistas com metade da sua idade. Neste ano, duas meninas de 14 anos, Victória Barros e Nauhany Silva, estrearam no ranking da WTA. Em privado, Gustavo Kuerten, o melhor brasileiro da história da ATP, já comenta que João Fonseca, de 18 anos, que está terminando o ano na 145a colocação do ranking, terá uma carreira ainda mais vitoriosa do que ele. Só nos resta aplaudir. Com muito respeito, como pede o protocolo da modalidade.