Flávia Dias de Souza e Gustavo Werneck, da Gerdau: a receita da operação da América do Norte superou a da matriz no Brasil no ano passado (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Negócios
Publicado em 17 de setembro de 2024 às 21h10.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h45.
Para além de ser algo bonito de contar por aí, a siderúrgica Gerdau vem mostrando que a agenda ESG é estratégica para o sucesso financeiro do negócio. A agenda tem quatro pilares: soluções de baixo carbono, pessoas, comunidade e governança.
Em 2023, a companhia vendeu 11 milhões de toneladas de aço. Praticamente 100% do volume vem de material reciclado, cuja destinação natural seria o lixo. “Nossa pauta de ESG está bem sedimentada e dá suporte a todos os resultados da companhia”, diz Flávia Dias de Souza, diretora global de Energia e Suprimentos. “Temos muito orgulho da evolução das iniciativas.”
Nos últimos meses, a Gerdau vendeu a participação em negócios considerados não essenciais à operação, como a de joint ventures pelas quais operava na Colômbia, República Dominicana, no Panamá e na Costa Rica. Em 2023, numa toada de focar o core da companhia, a Gerdau teve um Ebitda ajustado de 13,5 bilhões de reais, com uma margem de 19,6%.
O destaque positivo de 2023 veio da operação da América do Norte, cuja receita superou a da matriz no Brasil. Além disso, o braço da Gerdau na região teve Ebitda ajustado de 9,9 bilhões de reais, quase 75% do total registrado pela companhia. “A Gerdau conseguiu fazer resultados financeiros ainda mais sólidos, mesmo tendo um número menor de países e com produção menor de aço”, diz o CEO Gustavo Werneck.