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Pesquisa aponta que plano de assinatura é um negócio lucrativo no Brasil

No Brasil, o modelo de planos mensais, de canais de streaming a academias de ginástica, virou um negócio lucrativo. Com um detalhe: sempre cabe mais um

Consumidor escolhendo serviços digitais: streamings de vídeo e música figuram no topo das assinaturas mais prezadas (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Consumidor escolhendo serviços digitais: streamings de vídeo e música figuram no topo das assinaturas mais prezadas (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

As empresas já entenderam uma característica bem notável do mercado nacional: a sede por serviços. E, lançando mão de uma escala de digitalização acelerada, garantiram nas vendas de recorrência e de planos mensais um modelo de negócios bastante lucrativo. Com um detalhe importante: há sinais de que no bolso do brasileiro cabe mais.

Essa é uma das conclusões de um estudo inédito sobre o setor de assinaturas no Brasil, realizado pela plataforma de pagamentos Vindi e obtido com exclusividade pela ­EXAME. Para ter uma ideia, quase 70% do público consultado gasta acima de 100 ­reais com mensalidades. E a parcela dos que investem mais de 300 reais (38%) é 2,8 vezes maior do que a dos que gastam até 50 reais (12%). Com destaque a classificação da Região Norte que, com 40,5% dos consultados investindo mais de 300 reais por mês, tem o maior tíquete do país. Com esse perfil, mais da metade dos brasileiros consegue acessar entre seis e dez serviços mensais.

Para mapear o que figura na lista de preferências, a pesquisa tentou identificar primeiro o que se entende por assinatura, já que, de prontidão, é comum associar o termo somente a serviços digitais. No entanto, já há uma maturidade de parte dos consumidores: 89% consideram academia, pedágio, seguros e TV a cabo como assinaturas. O que de fato são. Ainda assim, a recorrência é um trunfo do mundo digital. Do montante gasto, 74% correspondem a streamings, aplicativos e outras empresas que atuam no virtual.

Digitalizar os serviços e levá-los para dentro do modelo de recorrência já era um bom negócio. Sabendo do apetite brasileiro, é questão de sobrevivência. “Nossos parceiros que trabalham com assinaturas aumentaram 67% o número de clientes de 2019 para 2020. Entre os que ainda não migraram, o número aumentou apenas 6%”, diz Rodrigo Dantas, presidente da Vindi.  

(Arte/Exame)

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