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MM 2024: Boa Safra cresce e aumenta diversidade

Boa Safra tem investido em novas fábricas e na contratação de mulheres desde o IPO para ampliar em 45% o lucro anual

Marino e Camila Colpo: irmãos que comandam a Boa Safra investiram  100% dos recursos do IPO e do follow-on na empresa (Leandro Fonseca/Exame)

Marino e Camila Colpo: irmãos que comandam a Boa Safra investiram 100% dos recursos do IPO e do follow-on na empresa (Leandro Fonseca/Exame)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 17 de setembro de 2024 às 21h07.

Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h34.

Enquanto diversas empresas abriram o capital em 2021 e frustraram o mercado com desempenhos ruins, a Boa Safra, líder na produção de sementes de soja no país, construiu uma trajetória de resultados consistentes enquanto companhia listada. Entre os feitos realizados, a sementeira dobrou sua capacidade de produção, expandiu para novas regiões, entrou na produção de sementes de milho e tem diversificado o portfólio para outras commodities agrícolas.

“Um grande mérito da empresa e do conselho de administração foi decidir pela boa alocação dos recursos. Tanto no IPO quanto no follow-on, o dinheiro foi 100% alocado no negócio. Antes do IPO, nós tínhamos três fábricas, e vamos encerrar 2024 com 14 unidades”, afirmou o CEO da empresa, Marino Colpo. Em 2023, a sementeira registrou um lucro líquido ajustado de 344 milhões de reais, alta de 45% na comparação com 2022.

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A diversificação de produtos também é uma estratégia em curso. Marino afirma que a produção de trigo no Centro-Oeste brasileiro e de sorgo no Nordeste para a produção de etanol serão novas fronteiras do desenvolvimento da agricultura nacional. “Se o mercado de soja levou 30 anos para se desenvolver, e o de milho, outros 15 anos, os de trigo e sorgo devem se consolidar em cinco anos”, diz.

Outra preocupação da companhia tem sido aumentar a diversidade e a presença de mulheres no quadro de funcionários, afirma Camila Colpo, presidente do conselho de administração. “Desde o IPO, nós temos um incremento de 600% na participação de mulheres na companhia, em diversos setores, inclusive em cargos de liderança”, diz.


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