Revista Exame

Visão Global — Nos Estados Unidos, está sobrando emprego

A recuperação da economia americana tem sido positiva para o mercado de trabalho. Em julho foram criados 6,9 milhões de postos

Feira de emprego em Nova York: nos Estados Unidos, o número de novos postos de trabalho já supera o de trabalhadores desempregados. Já no Brasil… | Frances Roberts/AGB Photo /

Feira de emprego em Nova York: nos Estados Unidos, o número de novos postos de trabalho já supera o de trabalhadores desempregados. Já no Brasil… | Frances Roberts/AGB Photo /

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 05h05.

Última atualização em 28 de setembro de 2018 às 12h46.

ESTADOS UNIDOS

ESTÁ SOBRANDO EMPREGO

A recuperação gradual da economia americana tem sido positiva para o mercado de trabalho. O número de vagas abertas no país vem crescendo em ritmo acelerado. Apenas em julho foram criados 6,9 milhões de postos, de acordo com os dados mais recentes do Escritório de Estatísticas de Trabalho, um órgão do governo americano. É o maior número já registrado desde 2003, quando a medida começou a ser calculada com a metodologia atual. O mercado de trabalho está tão aquecido que atualmente o número de novas ofertas é maior até do que o de desempregados no país (6,2 milhões) — uma marca inédita na série histórica.

O desemprego hoje atinge somente 3,9% da população. Entre os mais escolarizados é ainda menor (2,1%). Quem perde o emprego tem encontrado outra vaga rapidamente, algo que é bom para que o consumo continue aquecido. Mais importante ainda é a queda no número de pessoas que ficam desempregadas por um longo período (acima de seis meses). Hoje há 1,3 milhão de americanos nessa situação, 400 000 a menos que um ano atrás. Para o Brasil, é bom que a economia americana se mantenha aquecida. A maior demanda por produtos brasileiros pode ajudar em nossa própria recuperação.

Centro de distribuição na China: comércio eletrônico em expansão | Huang zhenghua/AP Photo

CHINA

UMA POTÊNCIA DO E-COMMERCE

Em dez anos, o número de chineses conectados à internet deu um salto. Passou de menos de 200 milhões em 2008 para 800 milhões atualmente. O aumento da conexão tem reflexos diretos na economia do país. Com maior poder aquisitivo, os chineses usam cada vez mais a rede mundial para fazer compras online. Segundo uma previsão recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne principalmente países ricos, o faturamento do comércio eletrônico na China deve alcançar 573 bilhões de dólares em 2018, ou 34% de tudo que se gasta em compras online no mundo. A tendência é de mais crescimento nos próximos anos, fazendo o setor de comércio eletrônico ganhar cada vez mais importância na economia e nas trocas externas dos chineses.

Obra da estatal de energia Gazprom: o setor público emprega um terço dos russos | TurkStream Project/Getty Images

RÚSSIA

O PESO ESTATAL

Passados quase 30 anos desde o fim da União Soviética, a economia da Rússia até hoje é influenciada em grande parte pelo setor público. O país tem um número alto de estatais e conglomerados empresariais com participação do governo. Eles empregam quase um terço da mão de obra local, um índice alto para um país com o tamanho e a complexidade da Rússia. Um relatório recente do Fundo Monetário Internacional chama a atenção para essa situação e faz um alerta. A grande participação do Estado russo na economia tende a gerar concentração de mercado, inibindo a criação de novas empresas e a inovação. Para o FMI, uma saída é a privatização.

 

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Rússia

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda