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Chega ao Brasil o e-tron, primeiro carro elétrico da Audi. Mas sem festa nem pompa em tempos de pandemia

Foto de divulgação /

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2020 às 05h30.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 13h16.

Desde sua chegada ao Brasil em 1994, pelas mãos do tricampeão Ayrton Senna, a Audi tratou de envolver seus lançamentos em apresentações espetaculares, como transporte de carro por helicópte­ro pelo céu de São Paulo e adaptação de uma balsa para operar como concessio­nária durante o dia e centro de lazer à noite, no litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo. Neste ano, a apresentação do e-tron também promete causar. Trata-se, afinal, do primeiro carro elétrico da marca, uma bússola apontando o futuro da montadora alemã. Estava tudo certo para um grande evento em maio. Mas no meio do caminho tinha uma pandemia.

A apresentação para a imprensa, normalmente em roteiros cinco estrelas por estradas e pernoites em hotéis de alto padrão, mudou radicalmente. Foi feita de forma individualizada, em um centro técnico da marca em São Paulo, e cada jornalista chegava na hora marcada para receber o carro, devidamente esterilizado e abastecido com máscara e álcool em gel, tudo aos olhos atentos de um serviço médico. Ao final do dia, o e-tron voltava para a base, onde era novamente higienizado e preparado para outra sessão de avaliação.

A estimativa inicial é que seriam vendidas 200 unidades neste ano — e alguns clientes até já reservaram o carro. O e-tron foi lançado mundialmente em dezembro de 2018, em Abu Dhabi, ocasião em que este repórter esteve presente e rodou por 400 quilômetros com o elétrico, entre deserto, terra e asfalto. O SUV que chega ao Brasil é o mesmo, estiloso, clean. Mudou apenas o pacote de opcionais. Logo quis saber se os espelhos retrovisores futuristas estariam na versão tropicalizada. Sorri quando fui informado que sim.

Com o silêncio do motor, são os olhos do motorista que informam se o carro está funcionando, monitorando as atividades no painel. Outra forma é pisar no acelerador e observar a paisagem passando rapidamente, sem trancos nem mudança de rotação, a até 200 quilômetros por hora, se limites de velocidade não houvesse. Sorte de quem pôde acelerar , antes da pandemia, seus 400 cavalos no deserto.

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