Funcionários da rede Livraria Cultura: 25 imigrantes refugiados já foram contratados (Germano Lüders/Exame)
Aline Scherer
Publicado em 26 de abril de 2018 às 05h00.
Última atualização em 26 de abril de 2018 às 05h00.
Aos 41 anos, Marthe Shirukanya chegou ao aeroporto Internacional de Guarulhos acompanhada dos seis filhos, de 1 a 16 anos de idade na época, e pediu asilo à Polícia Federal. Seu país de origem, o pequeno Burundi, no leste da África, vive conflitos violentos há décadas, e a escola de seus filhos acabara de explodir num ataque com granadas. Decidida a reconstruir a vida no Brasil, ela deixou para trás a loja de material de construção da família para uma irmã cuidar. Logo recebeu o protocolo de solicitação de refúgio, que permite fazer o CPF e a carteira de trabalho. Em seguida, foi acomodada com a família num abrigo. Mesmo antes mesmo da chegada ao país, há quase três anos, Marthe já não sabia o paradeiro do marido, um perseguido político. Após muita procura, em setembro ela encontrou um emprego: na limpeza de uma loja da Livraria Cultura em São Paulo.