Revista Exame

Empreendedores negros desafiam falta de diversidade nas startups no Brasil

Fundadores negros mostram a urgência de romper as barreiras raciais que dificultam competir de igual para igual no mundo das startups

Sergio All, fundador da fintech Conta Black: ele desenvolveu um banco digital voltado para as classes baixas, mas o acesso a capital é um desafio para fazer a empresa crescer (Germano Lüders/Exame)

Sergio All, fundador da fintech Conta Black: ele desenvolveu um banco digital voltado para as classes baixas, mas o acesso a capital é um desafio para fazer a empresa crescer (Germano Lüders/Exame)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 16 de julho de 2020 às 05h36.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 12h00.

Aos 45 anos, o empresário Sergio All está comandando sua segunda empresa. Natural de São Paulo, ele está à frente de um banco digital que segue os moldes da nova economia e busca um lugar ao sol apostando na desburocratização do setor financeiro. Não é uma história tão diferente daquela de outros fundadores de startups brasileiras. Mas há um porém: Sergio All é negro.

Num mundo ideal, esse não seria um ponto de atenção. Mas, infelizmente, é. A pele escura tornou-se um dificultador em sua jornada empreendedora. Sem formação superior, mas “publicitário de coração”, como diz, All se lembra bem do dia em que resolveu abrir sua fintech depois de ter o crédito negado em um banco.

“Mesmo com o nome limpo, bom ­score e um plano, recebi um não”, diz. E foi isso. Sem nenhuma justificativa detalhada. A partir daquele dia, All decidiu que abriria o próprio banco. Em 2016, surge a ­Conta Black com a missão de ocupar um nicho pouco explorado. “A população negra é a que sente a maior dor de empreender e de crescer pelas dificuldades impostas pelo setor bancário”, afirma.

Voltada para as classes baixas, a Conta Black ainda está longe de competir frente a frente com os principais bancos digitais. Com o investimento do próprio bolso, Sergio All conquistou 3.000 clientes, tem outros 6.000 na fila de espera para a abertura de conta e projeta alcançar 50.000 contas abertas até o fim do ano — 70% delas de clientes pretos ou pardos. Se tudo der certo, o faturamento deverá girar em torno de 15 milhões de reais neste ano.

A história de All é semelhante à da criação do Nubank, pelo colombiano David Vélez, em 2013. Vélez também enfrentou as burocracias do sistema bancário brasileiro e resolveu abrir um banco digital. Mas, diferentemente da rival, que ainda busca seu primeiro grande investidor, o Nubank já recebeu investimentos de mais de 1,1 bilhão de dólares de fundos como Sequoia Capital, Tencent Holdings e TCV. Depois de várias reuniões e contratos que não foram cumpridos por interessados em fazer aportes na companhia, o empreendedor da ­Conta Black diz que as dificuldades vão além das conversas com gerentes de bancos. “Mesmo com uma boa ideia, conhecimento de mercado e produto viável, você não recebe muita credibilidade”, afirma.

Feira Preta: Idealizada em 2001 pela empresária Adriana Barbosa (foto), a Feira Preta é o maior evento de empreendedorismo e cultura negra da América Latina e atua com iniciativas para auxiliar startups na busca por investimentos | Germano Lüders (Getty Images)

Sergio All está longe de ser o único negro com dificuldade de empreender no setor de tecnologia. As dores são sentidas inclusive no berço da indústria da computação, o Vale do Silício. Os protestos recentes pela morte do americano George Floyd chamaram a atenção para a desigualdade entre negros e brancos em todas as áreas, inclusive no universo das ­startups.

Segundo uma pesquisa feita pela plataforma RateMyInvestor com a Diversity VC — organização sem fins lucrativos que auxilia em­preendedores a ter acesso a capital de risco —, somente 1% dos fundadores de mais de 4.400 startups americanas são negros. O quadro também é preocupante quando se analisam os investimentos nas empresas do ramo. Um levantamento da instituição financeira Silicon Valley Bank mostra que apenas 1% do valor aplicado por fundos de investimento americanos foi destinado a startups fundadas por pessoas negras.

Pouca coisa muda do outro lado da mesa. Dados da BLCK VC, outra organização que fomenta os investimentos para empreendedores negros, revelam que 81% dos fundos de capital de risco nos Estados Unidos não contam com nenhum investidor preto ou pardo em seu quadro de sócios. E, quando há, eles ocupam posições intermediá­rias, como associados.

A falta de diversidade se reflete no quadro de funcionários das maiores e mais prósperas empresas de tecnologia. Os negros representam parcela ínfima da folha de pagamentos de Facebook, Google, Amazon e Apple nos Estados Unidos. No Google, eles são apenas 3%. A melhor posição é a da Apple, com 9%. A participação até cresceu nos últimos anos, mas de forma tímida.

Para remediar a situação, os gigantes da tecnologia têm destinado centenas de milhões de dólares para apoiar negócios capitaneados por empreendedores negros. “Estamos comprometidos em tomar medidas para ajudar a combater a injustiça e a desigualdade racial”, escreveu Satya Nadella, presidente executivo da Microsoft, em e-mail recente aos funcionários. O banco japonês SoftBank criou um fundo específico para investir em empresas de empreendedores negros. O Opportunity Fund terá uma carteira de 100 milhões de dólares ­— o mesmo SoftBank destina 100 bilhões de dólares ao Vision Fund, que investiu em startups como Uber, WeWork, Rappi, Bytedance, e 5 bilhões de dólares à sua carteira de investimentos voltada para a América Latina.

A desigualdade começa com a falta de acesso a uma educação básica de qualidade e às universidades de ponta. Mas isso não explica todo o problema. Um estudo dos economistas Paul Gompers e Sophie Wang, da Universidade Harvard, mostra que a participação de negros em mestrados nas áreas de ciências e engenharia aumentou de 2%, em 1990, para 7,5%, em 2012, nos Estados Unidos.

O mesmo ocorreu com os MBAs. A proporção de alunos negros nos 20 programas mais bem avaliados nos Estados Unidos saltou de 7%, nos anos 1990, para 15%, em 2013. Entretanto, embora haja mais pessoas negras bem formadas, a presença delas no setor de tecnologia continua no mesmo patamar. “Apesar das melhorias, afro-americanos e hispânicos não estão entrando em setores que geram um grande número de empreendedores”, dizem os economistas.

Outro problema, segundo os autores, é que as empresas de venture capital em geral são administradas por um grupo restrito de executivos que tendem a ter formação e carreira muito semelhantes entre si. Assim, eles acabam dando preferência, ainda que inconscientemente, a empreen­dedores que já fazem parte de sua rede de contatos e têm perfil similar: homens brancos, que estudaram nas mesmas universidades e trabalharam nas mesmas empresas.

Levantar capital para começar um negócio é outro obstáculo, e essa rea­lidade é bem documentada nos Estados Unidos. De acordo com uma pesquisa do economista Robert Fairlie, da Universidade da Califórnia, em­preendedores negros começam a jornada em desvantagem porque têm menos recursos próprios para investir e menos familiares e amigos dispostos a financiá-los. Conseguir um empréstimo no banco também é mais difícil. O risco de um negro ter um empréstimo rejeitado é maior do que o de um branco com a mesma nota de crédito. Para o pesquisador, essas distorções criam uma competição desigual, que gera ineficiências e prejuízos para toda a economia. “Embora seja difícil determinar o valor dessas perdas, as barreiras à entrada e à expansão que as empresas enfrentam são potencialmente prejudiciais à produtividade”, escreve ele.

O primeiro passo para resolver qualquer problema é reconhecer que ele existe. No Brasil, há uma dificuldade adicional porque há poucos dados sobre a presença de negros no setor de tecnologia. A Associação Brasileira de Startups (ABStartups), por exemplo, não computa dados étnicos em seus levantamentos anuais do setor. O primeiro raio-X do segmento será feito neste ano. “É preciso mudar a mentalidade. Temos de reconhecer os privilégios e enxergar a desigualdade de oportunidades que existe estruturalmente no Brasil”, diz José Muritiba, diretor executivo da ABStartups.

De acordo com estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Instituto Locomotiva, 56% da população brasileira se considera negra ou parda, e há mais de 14 milhões de empreendedores negros no Brasil, levando em conta todas as áreas de atuação.

Plataforma Juntos: Depois de passar quatro anos trabalhando para a Nasa, o empreendedor Julio Cesar Cosmo (foto) voltou para o Brasil e decidiu usar a análise de dados para criar um método para averiguar o aprendizado em instituições de ensino | Alê Borges (Getty Images)

Um exemplo no setor de tecnologia é a Plataforma Juntos, uma das principais startups desenvolvidas por um empreendedor negro no Brasil, que já recebeu aportes de 4,5 milhões de ­reais. Fundada em 2014 por Julio Cesar Cosmo, é a primeira companhia de um empresário negro a ser acelerada pela empresa de tecnologia Oracle no mundo.

O que seduziu os investidores foi o projeto de análise de dados para instituições de ensino para identificar por que um estudante aprende mais rápido do que outro. Os critérios de avaliação vão além do conteúdo ensinado e abordam questões sociais, como o local onde o estudante mora e a estrutura familiar.

Para fazer esse trabalho, Cosmo aproveita a experiência adquirida como consultor da Nasa na área de análise de algoritmos complexos. O empreen­dedor conta que, quando tentava realizar apresentações para futuros clientes, era recebido com descaso e que isso talvez tivesse sido evitado se seu tom de pele fosse outro. “O dono, negro, não consegue fechar um negócio. O time de vendas, branco, consegue. Isso é curioso”, afirma.

A aposta da startup Diaspora.­Black é no turismo. Com uma plataforma se­me­lhante à do site de hospedagem Airbnb, a empresa tem um marketplace de aluguel de acomodações e disponibiliza experiências. São passeios, palestras, workshops e tudo mais que puder ser ofertado pelos usuários. A diferença em relação ao Airbnb é que os serviços são voltados para a comuni­dade negra.

Criada pelos cariocas Carlos Humberto e André Ribeiro, além do soteropolitano Antonio Luz, a plataforma tem clientes em 145 cidades de 18 países e conta com 100.000 acessos mensais, em média. Para crescer, a startup participou de um projeto de aceleração da rede social Facebook e, entre as dez selecionadas, era a única com foco em serviços para negros. Para manter a operação em São Paulo, a companhia precisou realizar uma arrecadação virtual.

“A gente não tinha recursos para ficar na cidade”, diz Carlos Humberto. As dificuldades iniciais foram superadas e a empresa recebeu um aporte de 600.000 reais da gestora de investimentos Vox Capital. A crise do coronavírus, que afeta drasticamente o turismo, atrapalha, mas é apenas um dos obstáculos para quem já enfrentou outros tantos.

Auxiliar no impulso desses e de outros negócios é o trabalho de Adriana Barbosa, diretora executiva da aceleradora PretaHub e fundadora da Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, realizado desde 2001. A iniciativa tem a missão de ajudar os empreendedores no desenvolvimento dos negócios. “A maior dificuldade é o acesso ao capital financeiro. Sem isso, o empreendedor não expande o negócio e não consegue investir em tecnologia”, afirma Barbosa. Ao todo, mais de 400 projetos já passaram pelo programa de aceleração da Preta­Hub.

A ausência de empreendedores negros em cargos de comando ou de liderança de empresas torna a tarefa ainda mais difícil, uma vez que o empresário que não é negro nem sempre entende as peculiaridades de um mercado do qual não faz parte. Barbosa lembra de um episódio nos primeiros anos da Feira Preta em que teve dificuldade de encontrar empresas interessadas em apoiar o projeto. “As companhias não queriam se associar a um evento com esse nome”, diz.

Outro projeto semelhante é a Vale do Dendê. Idealizada em Salvador, trata-se de uma organização social que fomenta a diversidade e atua também como aceleradora de startups. Foram mais de 90 startups pré-aceleradas ou aceleradas nos últimos dois anos, as quais receberam capital-semente na casa das dezenas de milhares de ­reais. “É um programa voltado para o público da periferia. Não vamos buscar o empreendedor que frequentou universidades americanas e que fala dois idiomas. Buscamos quem está fora do radar dos investidores”, diz Paulo Rogério, fundador da Vale do Dendê.

A aceleradora firmou no dia 10 de julho um acordo com a empresa de tecnologia Qintess e será uma das contempladas por um investimento de 10 milhões de reais que será realizado pela companhia em uma ação de fomento ao empreendedorismo, à diversidade e à inovação social.

Segundo Nana Baffour, diretor executivo da Qintess, o dinheiro será destinado a um fundo de investimento em startups e à capacitação de jovens de periferia para trabalhar na área de tecnologia. “Não adianta só falar, é preciso que executivos de empresas tomem ações concretas”, afirma Baffour, que nasceu em Gana e se mudou para o Brasil em 2011, depois de fazer carreira nos Estados Unidos. Ele diz esperar que o investimento faça com que outras empresas tomem ações semelhantes.

Asmau Ahmed, da startup americana Plum Perfect: a engenheira química já captou mais de 10 milhões de dólares para sua empresa de inteligência artificial | Divulgação (Getty Images)

O que os empresários brasileiros procuram atingir é a mesma prosperidade alcançada por uma pequena mas crescente leva de empreendedores negros no exterior. Engenheira química, a empresária americana Asmau Ahmed fundou a Plum Perfect, startup que usa a inteligência artificial para escanear o rosto dos clientes e indicar o melhor tom de maquiagem para cada cor de pele. A companhia já recebeu mais de 10 milhões de dólares em investimentos.

O empreendedor Ryan Williams, por sua vez, captou 133 milhões de dólares para a plataforma Cadre, um marketplace de investimentos em imóveis. Ao longo da história dos Estados Unidos, são famosos os casos de empreendedores como Madam C.J. Walker, tema de uma minissérie produzida pela Netflix, que fez fortuna ao desenvolver e comercializar produtos cosméticos para mulheres negras, no começo do século 20.

Ainda há um longo caminho para os empreendedores negros brasileiros. Os primeiros passos foram dados na área da educação. De 2001 a 2015, a proporção de alunos negros e pardos no ensino superior no Brasil passou de 22% para 44%. A mudança de perfil foi possibilitada por programas de cotas e pela expansão de 173% no número de vagas no ensino superior. Os dados fazem parte de um estudo da pesquisadora Tatiana Dias Silva, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. “Há um aumento grande na estrutura e na oferta do ensino superior neste período, e isso contribui para a democratização do ensino”, diz.

Participantes em evento na sede da Apple, nos Estados Unidos: a presença de negros nas empresas de tecnologia ainda é baixa | Michael Short/Getty Images (Getty Images)

Para o sociólogo e autor do livro O Empresário Negro, Jorge Aparecido Monteiro, essa é uma questão que vai além do grau de escolaridade. “Tem relação com a cor. O Brasil é um país que discrimina as pessoas pelo racismo estrutural que existe. O negro sempre foi visto como mão de obra barata”, afirma. A boa notícia é que os movimentos antirracismo e as ações para reduzir a desigualdade abrem caminho para a mudança. “Esta é uma grande oportunidade para a população negra brasileira se organizar para crescer e se desenvolver”, diz Monteiro.

O racismo estrutural destacado por ele causa sérios danos a uma economia nas cordas pela pandemia. Em cifras, a população negra movimenta anualmente cerca de 1,7 trilhão de reais, o que representava 24% do produto interno bruto do país em 2019, segundo informações do IBGE. O desafio agora é permitir que empreendedores negros também prosperem e inovem, seja no campo da tecnologia, seja em qualquer outro.


“O SETOR PRIVADO FINALMENTE DESPERTOU”

Para o empreendedor americano David Wilson, as empresas acordaram para o problema do racismo na tecnologia. Mas, para competir de igual para igual, é preciso fazer mais | Rodrigo Loureiro

David Wilson, da Afar Ventures: “Os fundos devem estar na linha de frente, procurando investir em empresas que possam resolver os problemas dos afrodescendentes brasileiros” | Divulgação (Getty Images)

Cofundador do site de notícias TheGrio, voltado para o público afrodescendente, e da aceleradora Afar Ventures, o americano David Wilson falou à EXAME sobre o atual cenário do empreendedorismo negro no Brasil e sobre a necessidade de ações afirmativas e do envolvimento do poder público e privado na redução da desigualdade racial.

Qual é sua avaliação do atual cenário do empreendedorismo negro no Brasil?
Existem muitas startups negras no Brasil, mas elas enfrentam falta de acesso ao capital. Ao mesmo tempo, a economia afro-brasileira depende de seus empreendimentos para criar empregos para si, já que quase 30% dos negros são autônomos.

Depois dos protestos recentes nos Estados Unidos, várias empresas decidiram investir em iniciativas para promover a diversidade e combater o racismo. Isso demorou para acontecer?
O setor privado finalmente acordou para o problema, mas a verdadeira questão é se ficará acordado por tempo suficiente para contribuir para as mudanças sistêmicas necessárias. As empresas divulgaram grandes doações a causas e instituições negras, mas o trabalho de verdade requer um planejamento de longo prazo.

Que tipo de planejamento?
As empresas devem pensar em realizar investimentos externos e internos na economia negra. É preciso incluir negros na diretoria e em cargos de liderança executiva, contratar chefes de diversidade, apoiar e fornecer treinamento de liderança corporativa aos funcionários negros, entre outras medidas que exigem mudanças na cultura corporativa. Isso não pode ser feito de uma hora para a outra.

Como os investidores e os fundos de capital de risco devem se comportar diante nessa nova realidade?
Os fundos devem estar na linha de frente, procurando investir em empresas que possam resolver os problemas e suprir as necessidades de quase 120 milhões de afrodescendentes brasileiros que são amplamente negligenciados. Desde as startups de cosméticos até as fintechs, existem diversos negócios criados por jovens empreendedores afro-brasileiros que podem preencher uma lacuna do mercado. E isso pode ser lucrativo, desde que existam orientação e investimento adequados.

O que o setor público pode fazer para reduzir a desigualdade entre os empreendedores?
O poder público precisa ajudar a resgatar os empreendedores negros. É preciso trabalhar ao lado de instituições financeiras para entender quais são as restrições que impedem que negros consigam acesso a financiamentos e a empréstimos. Levando em consideração quanto as empresas negras contribuem para a economia brasileira, o país deveria ter interesse em não negligenciar esse público consumidor.

E qual é o papel dos empreendedores?
O mundo está mudando rapidamente e muitas empresas importantes entendem que não estão inovando no que diz respeito à diversidade. As startups têm de analisar como suas operações poderiam se alinhar melhor com um negócio mais estabelecido e capitalizado para atender à necessidade de diversidade de ideias e a seus consumidores.

A ausência de negros nas universidades é um fator que contribui para que existam menos empreendedores de sucesso. A política de cotas é capaz de reverter essa situação?
A ação afirmativa garante que os brancos deixem de lado seus preconceitos conscientes e inconscientes e concedam acesso promissor aos negros. Portanto, sim, enquanto houver desigualdades e preconceitos sistêmicos da maioria política e econômica branca, uma ação afirmativa, como as cotas nas universidades, será necessária para seu próprio bem.

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