Escritório da Ambev, em São Paulo: mais mulheres em cargos de liderança | Omar Paixão /
Marina Filippe
Publicado em 29 de março de 2018 às 05h49.
Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 15h47.
Meritocracia é considerada uma palavra-chave para a escalada hierárquica dentro da fabricante de bebidas Ambev. Todos os 32.000 funcionários devem ser recompensados e promovidos de acordo com as metas alcançadas. Em 2015, durante um processo de revisão da cultura interna, os executivos da companhia levantaram indicadores que apontavam se a meritocracia era aplicada de fato. Um dado chamou a atenção: menos mulheres do que homens chegavam a cargos de liderança, mesmo com a equidade de gêneros na seleção de estagiários e trainees.“A estatística nos levou a pensar sobre quais fatores poderiam explicar esse desequilíbrio no topo”, diz Fabio Kapitanovas, vice-presidente de gente e gestão na Ambev.
A busca pelas razões apontou situações que impediam a ascensão de mulheres. Uma vaga em outra cidade, por vezes, não era oferecida a uma mulher com filhos, porque os chefes supunham antecipadamente que diriam não. Hoje, a recomendação é dar a chance de elas se manifestarem. A criação de um grupo interno para a discussão de gênero e de um programa de mentoria envolveu os principais executivos. Como resultado, a taxa de mulheres no topo — que ainda não chega a 20% — dobrou nos últimos dois anos. Veja o passo a passo dessa transformação.