Revista Exame

Do plano ao hospital: a goiana +Pet vai investir R$ 100 milhões para expandir rede de atendimento

Depois de 40 anos no mercado tradicional de seguros, Antonio Cassio lidera a +Pet, plano de saúde para animais que opera com hospitais próprios

Antonio Cassio dos Santos, da +Pet: vamos investir 100 milhões de reais e abrir dez novos hospitais até 2027 (+Pet/Divulgação)

Antonio Cassio dos Santos, da +Pet: vamos investir 100 milhões de reais e abrir dez novos hospitais até 2027 (+Pet/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 23 de maio de 2024 às 06h00.

Não são somente os olhares e as travessuras dos animais de estimação que encantam os humanos — mas também os números do mercado. Em uma dessas miradas, Antonio Cassio dos Santos foi fisgado para criar a +Pet, um plano de saúde para cães e gatos que opera com hospitais próprios. Com 40 anos no mercado tradicional de seguros, o ex-CEO da resseguradora IRB Brasil, da Mapfre e da -Zurich Seguros estava inclinado a seguir um projeto que martelava em sua cabeça havia anos: uma empresa de seguros decessos, os auxílios-funerais. “Quando vi os números do mercado pet, pensei: ‘Pode ser um negócio tão bom quanto o seguro-funeral, só que com uma vantagem enorme, porque com os pets você está tratando de uma parte da família e de um negócio que é vida’”, afirma.

O plano começou com hospitais em Goiânia e Aparecida de Goiânia, em Goiás, estado de alguns dos sete sócios de Cassio na empreitada, iniciada em 2021. Nesses três anos, a +Pet abriu unidades em Brasília e Campinas, no interior de São Paulo, e comercializou mais de 30.000 planos, cujo valor parte de 99,99 reais por mês. Do Centro-Oeste, a rede começa a avançar a leste e inaugurou seu maior investimento: um hospital na capital paulista que custou em torno de 15 milhões de reais e reúne leitos de UTI, serviços de telemedicina, equipamentos para tomografia computadorizada, laboratório clínico, farmácia e capela ecumênica. Pelo modelo da +Pet, a rede só trabalha com os hospitais próprios, que atendem aos beneficiários dos planos e também particulares. Por outro lado, os conveniados fazem uso apenas desses espaços, sem acesso a redes conveniadas.

Até aqui, os sócios investiram cerca de 65 milhões de reais no negócio e preveem mais 100 milhões ao longo dos próximos três anos para a abertura de dez novos hospitais. “O mercado brasileiro, além de ser fragmentado, ainda é bastante subdesenvolvido. Então há muito valor para capturar”, diz Cassio. A próxima praça é o Rio de Janeiro, onde pretende desembarcar até dezembro. A expectativa do plano é encerrar o ano com faturamento de 50 milhões de reais, expansão de 200% em relação a 2023. Não por acaso, o executivo, tutor da Nina, do Dudu e do Xangô,  continua encantado pelos pets — e pelos números. Ou vice-versa.

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