Revista Exame

Desperdício de dinheiro público não se restringe a estádios

Exemplos de megalomania e desperdício de dinheiro público não se restringiram às arenas de futebol construídas para a Copa de 2014.

Aeroporto de São José dos Campos: a reforma de 17 milhões de reais não deu retorno (Divulgação/Exame)

Aeroporto de São José dos Campos: a reforma de 17 milhões de reais não deu retorno (Divulgação/Exame)

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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2016 às 05h56.

São Paulo — A Copa do Mundo de 2014, como se sabe, deixou muitos elefantes brancos no país. Os estádios de Brasília e Cuiabá estão às moscas. Mas exemplos de megalomania e desperdício de dinheiro público não se restringiram às arenas de futebol. Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, o aeroporto passou por uma grande reforma porque a cidade foi escolhida como subsede do evento.

A expectativa era que uma das seleções escolhesse São José dos Campos como centro de treinamento (o que acabou não ocorrendo) e que muitos turistas se hospedassem na cidade, por sua proximidade de São Paulo e Rio de Janeiro. A estatal Infraero, que administra o aeroporto, investiu quase 17 milhões de reais na ampliação da área e da capacidade do terminal, de 200 000 para 2,7 milhões de passageiros por ano.

Os investimentos não deram retorno. Em 2014, o aeroporto recebeu apenas 86 000 passageiros, o que levou a companhia aérea Azul a encerrar seus voos no final daquele ano. Só restou a TAM, mas não por muito tempo — a empresa deixará de operar no local em 1o de junho. O aeroporto continuará recebendo só jatos particulares.

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