Revista Exame

Chandon detalha planos de futuro no Brasil

Catherine Petit, diretora-geral da Moët Hennessy Brasil, divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH, responsável pela produção de Chandon, fala sobre o reposicionamento da identidade visual e o futuro da marca

Catherine Petit: “O consumidor brasileiro está aprendendo a apreciar a produção nacional” (Leandro Fonseca/Exame)

Catherine Petit: “O consumidor brasileiro está aprendendo a apreciar a produção nacional” (Leandro Fonseca/Exame)

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Matheus Doliveira

Publicado em 17 de junho de 2021 às 05h38.

Última atualização em 15 de julho de 2021 às 16h53.

A próxima vez que você abrir uma garrafa de Chandon não será igual à última. Em junho, os rótulos da marca do conglomerado de luxo LVMH serão repaginados. A nova aparência das etiquetas, inalteradas desde 2007, faz parte de uma recém-lançada identidade visual que começou a ser preparada há dois anos. Falamos com Catherine Petit, diretora-geral da Moët Hennessy Brasil, divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH, responsável pela produção de Chandon.

Por que uma nova identidade visual?
A Chandon é a marca mais local de todas as marcas globais. Temos seis vinhedos em quatro continentes, somos uma comunidade de 748 colaboradores e 149 produtores e, mesmo com toda essa diversidade de culturas, buscamos conexões profundas com os consumidores locais. Cada estrela do novo rótulo simboliza um dos vinhedos da Chandon. Nosso objetivo é conversar mais de perto com os consumidores.

O brasileiro está mais exigente?
O interesse por vinhos tem crescido muito. Outro ponto é que o brasileiro está aprendendo a consumir o que é produzido no Brasil. Ele também percebeu que não precisa mais esperar por um momento superespecial para abrir uma garrafa.

Os espumantes estão virando febre na coquetelaria. A bebida é apropriada para drinques?
Apoiamos a ideia de ir além do consumo mais tradicional, mostrando que os espumantes têm versatilidade na forma de serem consumidos. Existem drinques que funcionam muito bem com os espumantes da Chandon.

Em 2020, o Brasil colheu a melhor safra de uva dos últimos anos. Estamos fazendo espumantes melhores?
A safra de 2020 foi excepcional. Em 2021 devemos repetir o feito. Ainda assim, a uva não faz espumante sozinha. Atrás dela há o clima favorável, a cultura do vinhedo e o conhecimento técnico no plantio. A indústria está mais interessada em melhorar a qualidade do que é produzido no Brasil, ainda mais com a concorrência de paí­ses como Argentina e Chile.

Qual é a importância do mercado brasileiro para a Chandon?
O Brasil tem terras muito favoráveis para a produção de vinhos de qualidade, pelo solo, clima e altitude. O estilo que temos aqui é mais frutado e fresco. Isso agrada o paladar de todos. Para além da Chandon, o Brasil é um país em que o grupo LVMH também acredita e investe cada vez mais. O ano de 2021 será de retomada. Nossa meta é crescer 20% e voltar ao patamar de faturamento de 2019 [não divulgado]. Perdemos vendas no começo de 2020, mas já no segundo semestre faturamos 8% mais em relação ao mesmo período do ano anterior.

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(Publicidade/Exame)

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