Revista Exame

A trajetória de Daniela Valadão, diretora-geral da Pandora, nas pistas de corrida

Daniela Valadão, diretora-geral da Pandora, descobriu na corrida uma forma de meditação

Daniela Valadão: a corrida entrou em sua vida como prova de superação (Leandro Fonseca/Exame)

Daniela Valadão: a corrida entrou em sua vida como prova de superação (Leandro Fonseca/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 06h00.

Tudo sobreEsportes
Saiba mais

Quem passa pela pista de corrida perto de Daniela Valadão, diretora-geral da Pandora, consegue ouvir um som que não é apenas do tênis batendo no asfalto, e sim o tilintar dos charms de suas pulseiras da marca dinamarquesa. A trajetória da executiva no esporte começou de forma inesperada, como um desafio pessoal para superar a covid-19. Durante sua recuperação, ela encontrou na corrida uma forma de se reconectar com seu corpo e superar os limites impostos pela doença. Hoje, sua paixão pela corrida não só a impulsiona na busca pela saúde mas também a motiva a enfrentar maratonas e provas de longa distância.

Valadão sempre foi ligada ao esporte, desde a infância, quando praticou natação, futebol e handebol, competindo em várias cidades do sul de Minas Gerais, onde cresceu.

Na fase adulta, se encontrou no crossfit, atividade que praticou por oito anos. Durante esse período, a executiva corria 5 quilômetros por semana para melhorar o condicionamento físico, mas o foco principal ainda era o trabalho de força. Foi quando um evento inesperado mudaria sua relação com a corrida para sempre.

Em 2021, no final da gravidez, Valadão contraiu covid-19. Com quadro grave, foi internada na UTI. “Fiquei com menos de 10% da capacidade pulmonar”, lembra. A recuperação foi longa, mas ela recebeu elogios de seus médicos pela resistência e pelo bom condicionamento físico, fatores que ajudaram em sua recuperação. “Meus médicos disseram que o meu caso só não foi pior porque eu tinha um condicionamento físico muito bom”, diz. “Isso ficou marcado em minha mente.”

Foi nesse contexto que a corrida entrou como uma forma de resistência e superação. Quando suas amigas se inscreveram para a Corrida de São Silvestre, Valadão decidiu se juntar a elas. Mais do que uma prova, a São Silvestre representava uma forma de homenagear os profissionais de saúde que a ajudaram e de mostrar a si mesma que sua recuperação estava avançando. “Corri para mostrar que voltei melhor, para agradecer aos meus médicos e fisioterapeutas”, afirma.

O espírito da corrida a contagiou, e ela percebeu que havia encontrado um novo esporte preferido. “Quando terminei a prova estava exausta, mas também senti que queria mais. A corrida me deu algo que o crossfit não proporcionava, e eu já senti que me dedicaria mais ao esporte.”

Após a São Silvestre, Valadão se inscreveu em uma assessoria de corrida e se preparou para a primeira meia-maratona. Atualmente, ela segue uma rotina de treinos rigorosa, com musculação para fortalecimento e corrida quatro vezes por semana. “As provas me motivam. Quando você tem uma meta, fica mais fácil sair da cama. Se não for assim, a preguiça vence.”

Agora, a maior meta de Valadão é enfrentar sua primeira maratona, em Buenos Aires, em setembro. “Estou correndo cerca de 70 quilômetros por semana. São necessários quase 1.000 quilômetros de preparação para uma maratona”, diz. Ela também se prepara para sua primeira corrida de montanha, uma prova de 21 quilômetros que fará com a mãe.

A maratona e as provas de montanha são as novas frentes de superação para Valadão, tanto no esporte quanto na vida profissional. Desde sua entrada na Pandora, em 2023, foram inauguradas 69 lojas no país. Atualmente, são 160 pontos de venda, com projeção de reformas de 20 operações nos próximos 12 meses.

“A corrida me ajuda a lidar com a pressão do trabalho. É como uma meditação em movimento, e me prepara para os momentos difíceis. Também me deu uma visão diferente de mim mesma. Eu sou muito melhor corredora do que imaginei que seria. Quando você começa a correr longas distâncias, percebe que tem um potencial enorme de superação.”

*Agradecimento ao Mercado Livre Arena Pacaembu

Acompanhe tudo sobre:1278EsportesCorridaPandora JoiasJoias

Mais de Revista Exame

Rumo aos 50

Brasil é vice-campeão global em tamanho de frota de jatinhos

Pequenas empresas, grandes tarifas: como as PMEs estão se reinventando com o tarifaço

Ela está criando o 'banco do agricultor' direto do WhatsApp — e mira os R$ 15 milhões