Sabin: expansão da receita em 35% em 2024 e lucro mais que dobrou em relação a 2023 (Leandro Fonseca /Exame)
Editor de Negócios e Carreira
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 22h00.
O setor de saúde vem sofrendo com a inflação médica. Em meio ao cenário desafiador, a rede de laboratórios Sabin conseguiu expandir a receita em 35% em 2024, para 1,57 bilhão de reais. O lucro, de 97 milhões de reais, mais que dobrou em relação a 2023.
O avanço superou a média do setor, que cresceu 11% em receita e teve retração de 22% em lucros.
A razão por trás do desempenho começa com uma decisão tomada há dois anos: suspender temporariamente o ciclo de aquisições e reorganizar a casa. “Tínhamos aquisições feitas entre 2018 e 2022 e ainda não completamente integradas, por causa da pandemia”, diz Lídia Abdalla, CEO do Sabin.
De lá para cá, a receita por ali tem sido capturar sinergias. Em vez de novas aquisições, o Sabin apostou na abertura de unidades próprias nas Regiões Norte e Centro-Oeste, e no interior de São Paulo — áreas onde o Sabin já tinha presença relevante.
Uma das frentes que mais avançaram em 2024 foi a de imunização. O Sabin aumentou em 72% a receita do serviço de vacinas, que já representa 4,45% da receita total do grupo. O port-fólio inclui 29 tipos de vacinas, com destaque para dengue, influenza e herpes-zóster.
As aplicações são feitas em unidades físicas ou por meio do e-commerce, com agendamento digital. “O mercado de vacinas cresceu muito após a pandemia. Existe uma mudança de mentalidade da população sobre a prevenção. Além disso, novas vacinas têm sido desenvolvidas e incluídas no portfólio”, diz a CEO.
Outro vetor de crescimento tem sido o diagnóstico por imagem, uma frente mais recente para o Sabin, iniciada em 2014. Nos últimos anos, a empresa expandiu o serviço no Distrito Federal e em unidades da Região Norte.
Para 2025, o grupo pretende abrir até 20 novas unidades — com a possibilidade de algumas inaugurações ficarem para o ano que vem.
Uma das apostas daqui para a frente são as unidades 100% digitais, onde o cliente fará todos os trâmites administrativos pelo aplicativo, site ou totens de autoatendimento. A única etapa presencial será a coleta do exame. “O cliente quer conveniência. A unidade digital é um passo nessa direção”, diz Abdalla.